Será que dá para fazer um "Portunhocas"?
Para quem ainda não sabe, os autores de Curitibocas - Diálogos Urbanos são uma argentina e um gaúcho. Interessante. Seria mais lógico fazer algo relacionado a Guaíba, cidade do Sr. Varella ou a Buenos Airas, terra da Srta. Cecilia. Mas o livro é sobre Curitiba.
A primeira opção já foi avaliada. Se Curitibocas é publicado, num futuro há possibilidades de um projeto "Guaipecas". Mas a segunda traz uma série de problemas.
Não só por ser uma cidade maior que alberga a umas 11 milhões de pessoas (contando a cidade metropolitana) que Buenos Aires não é um bom campo para escrever um livro como Curitibocas. A natureza dele é justamente a eleição dos personagens mais representativos da cidade. Dos 17 escolhidos, vários são conhecidos da rua. Isso não daria certo em Buenos Aires.
Em Buenos Aires prevalece o "Star System", quer dizer, os personagens famosos são os que aparecem na mídia, e todo o sistema faz com que apareçam tanto que acabam por cultivar uma adoração (ou rejeição) de uma grau parte da população. Talvez existam personagens populares na terra portenha, mas não como os de aqui.
Não existe um cara andando de sunga pela cidade - nova referência a Oilman, mas é impossível fugir de mencionar esta extranheza. Dificilmente uma vendedora de bilhetes vai ser tornar tão famosa quanto a Borboleta 13. A lista continua.
Uma coletânea a intelectuais seria uma opção mais acertada. Mas um "Portunhocas"? Impossível
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