quarta-feira, 16 de maio de 2007

Apaixonado por Darcy


Não estava nos planos, mas cada vez que escrevo a introdução de um capítulo, gosto mais de nosso protagonista, Darcy.

O planejamento do livro foi as entrevistas, seguida das penosas degravações para finalmente começar a edição e a história fictícia que simplesmente dará um fio condutor à coisa.

Darcy foi planejado para aparecer o mínimo possível e ser a personificação do leitor na obra. Mas o fato dela(e) ser assexuado, atrai a atenção pelo esforço de neutralidade. Um pequeno paradoxo.

Mas acontece que Darcy interage com a cidade. Tem suas reações e atitudes perante as dificuldades que se envolve em Curitiba.

As páginas de Darcy são muito mais dolorosas para serem escritas do que as entrevistas. Estas tem uma lógica, um sentido e uma maneira mais precisa de certo e errado. A parte "Darcy" é mais livre, o que em princípio assustou este (quase) jornalista pela infinidade de possibilidades.

Levo metade de um dia para escrever uma introdução aos entrevistados que dá, mais ou menos duas páginas. Se este fosse o ritmo das entrevistas, o livro não sairia este ano.

Se soubesse desse afeto que desenvolvi pelo personagem, teria feito o inverso. Primeiro a história e encaixar as entrevistas de acordo com a história fictícia proposta. Fica para o próximo livro.

Para encerrar: esta idéia vai ao encontro do que eu sempre escutei de um publicitário amigo meu. Não existe essa de "poupar criatividade". Depois de esvaziar a cabeça, ela se encherá naturalmente.

Um comentário:

Anônimo disse...

DARCY,é ótimo...só vcs mesmo!Bjs

Carina