segunda-feira, 31 de março de 2008

Último dia para entregar os livros

Ontem recebi mais 20 livros para distribuir aqui em Buenos Aires. Um cara que apenas conheço trouxe uma sacola cheia de Curitibocas.

Hoje, 31 de março, era o último dia para entregar os exemplares para a Feria Internacional del Libro. Obviamente não corri o risco de fazer tudo na última hora. Semana passada levei os 18 livros que tinha comigo, e hoje entreguei mais sete. Completei então 25 livros para expor no stand da Embaixada do Brasil do maior evento literário da Argentina.

Já fiz minha parte. Vamos ver o que acontece na Feria. Depois do dia 24 de abril conto as novidades.

Tá perdido? Veja o último vídeo.

sábado, 29 de março de 2008

Newsletter da Casa do Brasil

Já está anunciado no newsletter de abril da Casa do Brasil o lançamento do livro.

"CURITIBOCAS, DIÁLOGOS URBANOS", presentación en Buenos Aires

La argentina Cecilia Arbolave, autora del libro junto con el brasileño João Varella, presentará su obra (entrevistas a 17 personajes interesantísimos de Curitiba) y conversará con la profesora Ana Maria Guimarães. Talento joven y una mirada diferente sobre Curitiba. (Para ver el video de Curitibocas: http://www.youtube.com/watch?v=yfcwKPgDYzc) Miércoles 16/04, 19:30 h. Entrada libre y gratuita

sexta-feira, 28 de março de 2008

Voltaram os vídeos curitibocas

Este é o primeiro vídeo que eu fiz para promocionar que o Curitibocas estará na Feria del Libro.



Tem um amigo na Argentina? Ajuda a divulgar! http://www.youtube.com/watch?v=yfcwKPgDYzc

Eu já fui personagem e não doeu



Eis a prova. Sou personagem da revista Detrânsito vigente. Tudo dentro do que escrevi aqui.

O que motivou minha participação foi bastante menos nobre do que uma campanha contra os impostos. Registrei protesto em relação a falta de aulas sobre manobra na auto-escola.

A primeira coisa que fiz com meu carro, há cinco anos, foi raspar toda a lateral em uma pilastra um pouco ao lado da sinaleira traseira direita. Virei todo o volante, não tinha a menor noção do que deveria ter feito.

A matéria e as fotos que resultaram da minha participação não são exatamente primores de jornalismo. A redação é burocrática e tem poucas fontes. As imagens são posadas e forçadas. Mas eles quiseram assim. Eu apenas soprei para o lado certo (acredito).

E agora? Se animou a ser um personagem? Facilite, pois.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Lançamento do livro em Buenos Aires

Para todos os que acompanham as novidades do livro na capital argentina (veja aqui)...

NEWS FLASH!

"Curitibocas - Diálogos Urbanos" será lançado em Buenos Aires no dia 16 de abril (quarta-feira) às 19h30 na Casa do Brasil.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Campanha: seja um personagem você também

Mês passado bolei uma pauta para a tv sobre os gastos de início de ano. IPVA, IPTU, volta às aulas, parcelas da viagem de férias, etc. Consegui facilmente marcar entrevista com um economista e o secretário de urbanismo da cidade. Tudo certo? É só mandar a equipe de reportagem? NÃO.

Faltava o personagem. Elemento bastante questionável, mas para o telejornalismo brasileiro indispensável. Tanto que chega ao ponto de derrubar matérias boas.

Em poucas palavras, o personagem serve como o exemplo da informação que a notícia dá. "Humaniza" a matéria, dizem os entendidos. Buscar personagens é o terror dos produtores. Incluindo eu.

Para a matéria acima, o personagem era bastante simples. Uma família, com filho(s) em idade escolar, que pagasse os dois tributos. Levei um dia e meio para conseguir isso. As razões para escapar são as mais diversas. Timidez, medo de se mostrar na televisão, etc.

No fundo, o motivador do declínio é o tal do "não ganho nada com isso, só tenho a perder". Raros se dão conta que a participação na matéria dá voz às reivindicações populares. Ou tem alguém aqui que acha que pagamos poucos impostos? Longe de acreditar que uma modesta matéria no Canal 21 vá mudar muito. Por mais que seja um pequeno grão de areia, o personagem pode ter certeza de que foi soprado para a direção certa.

"Você diz isso por nunca ser personagem, só fazer dos outros personagens para suas matérinhas espúrias", diz o badernoso leitor. Devagar, devagar. A campanha "seja um personagem você também" tem pujante conclusão no próximo post.

terça-feira, 25 de março de 2008

Saiba onde comprar com mapas

Tem um link aqui no blog que você sempre deveria visitar. É o saiba onde comprar, logo ali em cima. Volta e meia adicionamos novos pontos de venda do Curitibocas.

Ontem fiz um trabalho de formiga e coloquei o mapa de cada um dos endereços. Então prestigie o trabalho. Visite este link.





E compre o livro :)

domingo, 23 de março de 2008

Curitibocas com 20% de desconto

Até o final do mês de março a Livrarias Curitiba vende o Curitibocas com 20% de desconto, assim como todos os outros autores paranaenses. Saiba aqui os endereços das Livrarias Curitiba.

"Hey, você não é paranaense, muito menos a Cecilia", diz o calamitoso leitor. Quer queira quer não, assim estamos catalogados por lá.

*****
Estou fora de timming. Essa promoção começou no início do mês de março, mas só me informei hoje. Há pouco tempo, já tinha dormido no ponto com a exposição do Tom Lisboa.

Para alguém da minha profissão, é uma boa hora para visitar o amigo analista.


Leia também

sábado, 22 de março de 2008

Onde está Ivo Rodrigues?

Quer encontrar o Ivo Rodrigues (aka o capítulo 1 do livro)?


Informações do Loba da Estepe, fã clube oficial do Blindagem.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Tudo no mundo tem valor

A campanha da Katia Horn pelo espaço da Efigênia repercute. Ganhou destaque no Caderno G. Trecho:


Ela mostra a caixa com as peças que já produziu, enquanto fala, sempre em forma de versos, sobre os materiais que utiliza: “Fuxico virou cultura. Melhor do que fuxicar o nome das criaturas”. Ou: “Tudo no mundo tem valor/Você sabia que o homem já borda isopor?”.


Operação Buenos Aires - PART 2

Qualquer novidade relacionada ao livro na capital argentina traz o mesmo problema: o stock. Vamos a estar na Feria del Libro, que bom! Mas... e os livros? Eu tenho 17 exemplares comigo e preciso entregar, pelo menos, 25. Claramente, é momento pra fazer planos estratégicos e resolver o problema.

A última vez (a chamada Operação Buenos Aires, lembram?), João e minha tia estiveram em São Paulo na mesma semana. Com alguns obstáculos no meio, João conseguiu dar pra ela os livros.

Desta vez, sem nenhum familiar lá, eu fiz outras conexões. Vamos ver se o plano da certo. Caso contrário, alguém viaja pra Buenos Aires nas próximas semanas?

quinta-feira, 20 de março de 2008

Confirmado

"Curitibocas - Diálogos Urbanos" estará exposto no stand da Embaixada do Brasil na "Feria Internacional del Libro de Buenos Aires". Logo de algumas tentativas, conseguimos.

Em 2007, o evento teve 1.521 expositores, 57 países participantes, 1.380 atividades culturais e 1.212.000 visitantes. Veja mais estatísticas aqui.

Qual é a vantagem do nosso livro neste evento tão grande? É sobre o Brasil, e para os portenhos tudo o relacionado à cultura brasileira é cool. Segundo me informaram, os livros em português só vão ser encontrados nos stands das embaixadas do Brasil e do Portugal. Acho que temos boas possibilidades...

Você pode ajudar?

Por Katia Horn*

Estou coordenando a reforma e estruturação do Museu “A Vida do Papel de Bala” da querida Efigênia Rolim. Efigênia mora na Vila Oficinas – atrás do Autódromo – e tem duas casinhas no terreno. Ela mora na casa da frente e tinha um ateliê improvisado na casa de trás, tudo muito precário. No final do ano passado, através de um projeto montado por mim e Rejane Nóbrega, ela ganhou o prêmio Culturas Populares do Ministério da Cultura. Com esse dinheiro – que não é muito – estamos reformando e adequando o espaço desse ateliê. Conseguimos pagar a reforma (tirar algumas paredes, instalação elétrica, jardim, pintura e vitrines), mas agora o dinheiro acabou, e ainda faltam algumas coisas. Pretendemos inaugurar o espaço no final de abril ou começo de maio, e agora estamos pedindo ajuda dos amigos e admiradores da Efi. Abaixo tem uma relação das coisas que a gente ainda não tem, e quem sabe você tenha sobrando ou saiba quem tenha. Também aceitamos colaborações em dinheiro ou indicações de possíveis patrocinadores.

- uma pia de cozinha
- armário de cozinha
- copos, xícaras para café
- suporte de água mineral
- suportes de cortinas
- cortinas
- almofadas para canto de leitura
- tapete para canto de leitura
- molduras
- banco e cadeiras de jardim
- um manequim de loja
- estantes para livros
- livros para canto de leitura
- um espelho grande
- uma imagem de São Francisco para o jardim (pedido da Efi!)

Esse museu vai ser um importante espaço para divulgação do trabalho dessa grande artista, podendo receber visitas pré-agendadas e atendendo às crianças e população do bairro – que é bastante carente – com biblioteca, contação de histórias e oficinas de arte e reciclagem.

Toda ajuda é muito bem vinda.



Contato Katia Horn:

3272-1578 / 9196-8846 / katia[arroba]familiahorn.com.br


* Katia Horn é artista plástica

Fotos: Deborah Schwanke

quarta-feira, 19 de março de 2008

Juka voltou

Lembra do Juka? Pois é, ele voltou. Só que desta vez, com o Curitibocas lido. Acompanhe:



Juliano : joaozinho qtas saudades do meu incompreendido bambi,
confesso q nao gostei de ter utilizado minha imagem no blog
mas isso sao aguas passadas, bom agora q ja li posso dizer q num contexto geral gostei
porem se nao criticar talvez vc duvide q seja eu mesmo
vamos la pag. 182 paragrafo 5 o nome da locutora do aeroporto e do ligeirinho ( sim, é a mesma pessoa ) é Maria Angela Molteni,
diz a lenda q qdo as pessoas pedem a ela para fazer a locucao ela prontamente pergunta
vc é rico ou pobre?
sem saber o q responder ela justifica
se vc for rico eu faço a locucao do aeroporto
se vc for pobre a do ligeirinho
mande noticias
parabens pelo livro
bjos juka
[grifo meu]

Fico feliz que tenha gostado, Juka.

Dei uma googlada atrás dessa Maria Angela Molteni. O nome dela aparece várias vezes como produtora musical. Não encontrei nada que comprovasse a participação dela nas gravações. Se bem que essa pergunta do "rico ou pobre" é tão boa que pode virar oficial - mesmo que não seja a verdade.

Conseguirá Juliano provar que é ela a autora? Aguardem o próximo scrap.

Beijos.

Para quem estiver em BA, uma dica

Um dos maiores eventos literários na Argentina é a Feria Internacional del Libro de Buenos Aires. Este ano a edição número 34° começa dia 24 de abril e vai até dia 12 de maio. Se alguém estiver em Buenos Aires, não perca a oportunidade de passar por lá (veja como chegar aqui)

Para os interessados em conhecer a história deste evento, mais um click aqui. Só destaco a introdução:

La Feria Internacional del Libro de Buenos Aires es una verdadera ciudad de libros, un catálogo nacional e internacional de industrias editoriales y una fiesta de la cultura. Desde 1975, año en que se realizó por primera vez, fue adquiriendo importancia creciente, hasta convertirse en la muestra más importante de Latinoamérica y destacado referente a nivel mundial; convocando a más de un millón de asistentes cada año.


E o Curitibocas? Calma... Daqui a pouco conto as novidades.

terça-feira, 18 de março de 2008

As perguntas que os jornalistas não fazem [1]

Ontem fui na casa da minha avó, Marion Kaufmann. Havíamos combinado há duas semanas este encontro, pois ela queria me dar um material do Kapuscinski e outro autores que tinha juntado. Conferi mais uma vez que o interesse ou paixão pelo jornalismo e pela literatura estão na sangue da minha família.

Entre os textos que recebi há um artigo* da escritora sul-africana Nadine Gordimer com o título deste post, "As perguntas que os jornalistas não fazem". É interessante e pode ser útil, especialmente aos leitores deste blog. A seguir, a primeira parte.

Qualquer um que tenha se convertido numa pessoa pública -estrela pop, herói desportivo, político, artista, escritor- sabe quais são as perguntas lhe formulará um jornalista decidido a entrevistá-lo, sempre segundo a área de atuação profissional do entrevistado em questão (todos poderíamos respondê-las, até dormindo)

A fama ou a notoriedade são assim: estrelas pop e políticos costumam dar oportunidade a melhor reportagem ou ao mais cobiçado. Os escritores -dos quais as obras não são famosos numa escala comparável, com exceção a Romeo e Julieta, Gone with the wind ou Harry Potter- usualmente são forçados por seus editores a ceder às entrevistas. Eu estou nesse grupo.

Ao longo dos anos, e com muitas concatenações, reuni uma breve lista das perguntas que os jornalistas não fazem. Eu acho essas perguntas muito mais interessantes do que as que são geralmente formuladas. De modo que decidi me entrevistar e ver o que posso descobrir. Isso significa que devo me responder a mim mesma por mais reticência que a pergunta me cause? Sim. Não serei juiz, não serei o jurado, mas serei jornalista e também a vítima.

Qual é a carência mais importante da sua vida? Vivi minha vida na África sem aprender uma língua africana. Mesmo no caso da minhas amizades mais fortes, nas minhas atividades políticas e literárias compartilhadas com compatriotas sul-africanos pretos, eles só falam em inglês comigo. Se conversam entre si em outra língua (e todos eles falam ao menos três ou quatro línguas), só entendo umas poucas palavras: as que tem passado a ser do uso comum no uso sul-africano que se faz do inglês. Do modo que sou surda a uma parte essencial da cultura sul-africana ao qual eu sou parte e estou absolutamente comprometida.

Qual é a mentira mais flagrante que você disse alguma vez? Na verdade, não poderia distingui-la. O fato de viver durante o apartheid, na vigilância da polícia secreda, nos converteu, me refiro a todos aqueles que se oporam ativamente ao regime, em mentirosos consumados. A gente mentia dizendo que desconhecia o paradeiro de alguém que a polícia procurava para arrestá-lo, mentia sobre os próprios movimentos e das pessoas com quem se encontrava. Havia que fazê-lo se desejava proteger a outros e a mim mesma.

Em breve, a continuação desta matéria.


*Infelizmente, não posso identificar a revista na qual foi publicado. Só sei a data, 20 de julho de 2003.

+ Didonet Thomaz por Bruna Bazzo [2]






Fotos de Bruna Bazzo.

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segunda-feira, 17 de março de 2008

A defensora dos autores paranaenses

Generalizações cometem injustiças. Freqüentemente. Para quem pensa que as megastores são empresas que visam o lucro e nada mais, eis um pequeno exemplo contrário que coloca em xeque a regra. Quem diz isso comete uma injustiça contra a D. B. do setor de compras da Livrarias Curitiba.

Relatei a ela via e-mail que um amigo meu tentou comprar o livro na Livrarias Curitiba da Boca Maldita. Segundo o vendedor, o livro sequer existia - não tinha cadastro. O cliente foi até uma outra loja da mesma franquia e encontrou o livro.

D. B. pediu por mais detalhes e pediu desculpas. Não tinha achado nada grave -provavelmente o vendedor errou o nome do livro no momento de digitar, ou algo do gênero. Mas fiquei na dúvida se a livraria havia decidido deixar de comercializar o livro ou algo do gênero. Hipótese bastante improvável, mesmo assim... perguntei.

Dei minha tréplica para D.B. dizendo que tudo devia ser uma mal entendido. Ela responde:

Mas eu entendo a situação como grave pois sempre tento defender, vocês autores, já que o espaço é tão pequeno.
Se os livros não estiverem disponíveis para quem tem interesse em comprá-los fica difícil "tentar" mais espaço, pois não havendo venda não consigo mostrar o quanto alguns de vocês são bons e merecem destaque.
Quase caí da cadeira com a resposta. Sim, eles reconhecem que o espaço para leitores paranaenses é exíguo. E ela estava preocupada. Respondi mais uma vez dizendo o quanto me surpreendeu a reação dela. Responde ela:
Fui contratada pela Livrarias Curitiba para cuidar do espaço de vocês e nada mais justo que eu o faça (...) Acredito no "meu ganha pão".
É bom saber que temos alguém especialmente estacada para cuidar do nosso. Sem mais.

Ping-pong para chegar à Feira do Livro

Eu quero estar na Feria del Libro de Buenos Aires. É isso mesmo, quero que o livro esteja exposto ali. Um desejo tão simples está demorando demais para ser cumprido. Mas por enquanto, o panorama é o seguinte. Antes, uma aclaração: pela natureza do nosso livro, só pode estar exposto no stand da Embaixada do Brasil.

Na Câmara de Comércio Brasileira Argentina fizeram o contato para o setor cultural da Embaixada do Brasil. Legal. Mandei um mail bem detalhado explicando o livro e a boa repercussão que já teve em Curitiba. Não recebi resposta, para variar. Liguei lá e me dizerem que responderiam logo. Tudo bem, aguardo.

Hoje ao meio dia tinha uma chamada perdida dum número extranho no meu celular. Ligo e escuto:"Usted se ha comunicado con la Embajada de Brasil". O que??? A Embaixada?!?! Fiquei feliz. Impossível não tirar conclusões e imaginar que de repente tudo o que eu quero vai dar certo. Mas nada é tão fácil.

Na hora não consegui me comunicar com o setor cultural, o único que tem um motivo e meus contatos para me ligar. Aguardei até às 15h30 e aí falei com a simpática Maria Elena. Segundo ela, ninguém tinha me ligado. E ao respeito do meu pedido, tinha que falar com a Câmara Brasileira do Livro ou com a Fundación Centro de Estudos Brasileiros (Funceb).

Ai ai ai... Mais contatos, mais emails não respondidos, mais frustrações. Mas vamos lá ver o que me dizem na Funceb. Espero que o próximo post sobre este assunto seja mais otimista. Estou pensando naquele ditado que uma vez citei, "El que quiere celeste, que le cueste".

domingo, 16 de março de 2008

Me Leva Brasil em Curitiba

Como antecipamos no blog, o Oilman no Fantástico. Veja o destaque do livro no blog de Me Leva Brasil.

Opções e previsão do micro futuro ou The Microblog Experience 3

Espero que você esteja acompanhando a pujante saga do Microblog do Curitibocas. Se não, é só fazer clique aqui e aqui.

Lá fui eu testar os serviços. Gostei do Gozub. Funciona com o MSN, é brasileiro e tem um visual bacana. Fiz o http://gozub.com/joaovarella. Não deu certo colocar no Blog do Curitibocas. Não sei se foi algo temporário ou só comigo, mas eu colocava o código e aparecia a figura onde supostamente estariam as atualizações em branco.

Cansado de fazer testes (sim, canso rápido), fui para o campeão de audiência, o Twitter. Esse tem um grande defeito: só funciona com o Google Talk e dois outros programas de conversação que eu nunca ouvi falar.

Para você ter uma idéia do absoluto domínio do MSN por estas bandas, no momento em que escrevo este post tenho 46 contatos online do MSN contra 16 do Google Talk. Qualquer 486 com conexão discada tem MSN. Computadores lerdos não aguentam com o Gmail Chat.

Com fé que o Twitter e a Microsoft irão se acertar um dia, fiquei com o http://www.twitter.com/joaovarella que está logo ali ao lado. Desculpe a você que lê este post no Multiply (ainda tem gente por aí?), mas o Depósito Mirabolante não aceita colocar as últimas atualizações do Twitter.

*****
Além da facilidade de postagem, o Twitter funciona como uma espécie de Orkut. É possível seguir outros microblogs e responder aos posts - de maneira bem precária, é possível manter uma conversação.

Porém não se trata de concorrentes. Não dá para colocar fotos e detalhes pessoais no Twitter - o que pode ser visto como vantagem.

*****
Agora chega aquela hora pós-análise onde começo a exibir meus poderes paranormais. É hora de prever o futuro do Twitter e dos microblogs em geral *música dramática*.

Se os blogs colocarem a funcionalidade bastante simples de atualizações via IM, pode ser um golpe duro aos microblogs. Porém, percebo que a maioria gostou da idéia de ter um blog "rápido, curto e grosso" e outro mais elaborado.

Não é segredo que os blogs são lugares de ira, intolerância, hiper-opinativos e unilaterais e mais um monte de coisa que veio ao se delegar o poder de um meio a muitos. Quanto mais irracional o blog, mais audiência. Se isso é assim sem limite de caracteres, imagina no Twitter, que tudo fica em no máximo três linhas? Vai ser um tal de "Filme tal é uma porcaria", "Músico tal é incompetente" e vai ficar por isso mesmo.

Claro que esses golpes só surtirão efeito quando o Twitter tiver leitores. No Brasil, pelo menos, não há tantos.

E por último toco mais uma vez na tecla dos 140 caracteres. Se antes as abreviações pareciam um hábito dos internautas, no Twitter isso é regra. "P/" invés de "para" economiza dois preciosos toques. Dia desses descobri que "fds" é "fim de semana" - uma abreviação altamente valorizada no mundo microblogueiro. A turma das miguxas ganhou um álibi poderoso.

'Saudades' em espanhol

Semana passada li um conto traduzido ao espanhol de Clarice Lispector. O título é "Devaneo y embriaguez de una muchacha" do livro "Laços de Familia".

Foi uma leitura estranha, pelo menos para mim que identificava os verbos e as palavras que eram mais adequadas em português e não em espanhol. O mesmo aconteceu com um conto do Ruben Fonseca, a tradução ficava feia.

Pensei novamente em "Curitibocas - Diálogos Urbanos" em espanhol, mas a conclusão foi a mesma que tive há algum tempo: não. Traduzir a obra tem o risco que ela perca sua essência. São milhares de palavras e expressões que não tem uma tradução certa e daí ficaria uma mistura de frases estranhas.

Quer um exemplo? Saudades. Segundo o Diccionario da Real Academia Española, existe essa palavra em espanhol.

saudade.

(Del port. saudade).

1. f. Soledad, nostalgia, añoranza.


Para ser sincera, eu nunca escutei ou li 'saudade' aqui. É uma expressão do português que tem uma conotação particular. Não tem uma palavra em espanhol que funcione como sinônimo dela. Tem o verbo 'extrañar', os substantivos 'nostalgia', 'melancolía' e 'añoranza', mas o significado não é o mesmo.

Se já é difícil traduzir 'saudades', nem quero imaginar o livro todo. Não é preguiça, não. Curitibocas em espanhol ficaria diferente e não é nossa intenção. Aliás, nem mencionei a quantidade de aclarações sobre fatos o pessoas da historia do Brasil que precisaria... Pior ainda.

sábado, 15 de março de 2008

Conversações com Cortázar

Julio Cortázar (1914-1984) é um dos meus autores favoritos. O primeiro texto que li foi o micro-relato Instrucciones para subir una escalera do livro "Historias de Cronopios y de Famas"*. Gostei de imediato.

Há pouco tempo achei uma entrevista, das poucas que ele deu, para a televisão espanhola. É de 1977 e está disponível neste link. Quem entende espanhol, assista que vale a pena.




*Duvido que ele lembre, mas foi o primeiro livro que emprestei ao João.

Oilman no Fantástico e Curitibocas no blog


Nesse domingo o Oilman é o personagem do quadro Me Leva Brasil, exibido dentro do Fantástico. Lembra que nós inspiramos o programa, né?

A produtora Evelyn Kuriki afirmou que a capa do livro estará postada no Blog Me Leva Brasil, que pode ser acessado através da página do Fantástico. "E deixa mensagens também porque vai que os internautas queiram falar contigio sobre o livro", pediu. Pode deixar, Evelyn.

*****
Seguimos a história dos microblogs outra hora, ok?

sexta-feira, 14 de março de 2008

Alternativa de lançamento

Se eu pudesse voltar no tempo, mudaria um dos dois lançamentos do Curitibocas que tivemos. Fizemos ambos dentro de livrarias de shopping. Era a alternativa que conhecia.

Hoje conheci um outro métido. Marilda Confortin lançou o livro Lua Caolha no hall da Biblioteca Pública do Paraná. Ela e meia dúzia de amigos. Que se multiplicarão à medida em que ela declamava suas poesias junto do músico Daniel Faria.

Comparação são sempre chatas, mas público de shopping é pouco afeito a arte bruta, pura. Salvo que exista um grande nome como locutor.

O pessoal da biblioteca achou tudo o máximo. Parou para ouvir. Um idoso de pele escura, com um suéter surrado achou que aquilo era uma festa. Confessou-me que fora um músico - "que nem esse aí que está tocando" -, mas deixou de cantar depois de beber demais.

- E por que você não volta?
- Você acha?
- Claro. Olhe quanta gente tem para te escutar. Não espere nada mais.
- É isso aí. Muito obrigado.
Foi o "muito obrigado" mais sincero que eu escutei em muito tempo.

*****
Ah, o livro. Bem, ele é em em verso tipo poetrix - poema de três versos, com máximo de trinta sílabas. Parecido com haicai. Amostra:

Praguejando

Quem com ferro coputa
com puta ferro
será ferrado


Ninformaticamaníaca instalando um software

The press(a) any key to continue
Wait a minute
Oh! Ne me QUIT pass, please!

A jornada de um post no Blogger ou The Microblog Experience 2

Partindo do pressuposto que você leu e seguiu isto aqui, agora você já sabe das duas características básicas dos microblogs.

A ruim: só permitem posts até 140 caracteres. Passei bastante tempo achando que era só isso e não compreendia o porquê do fenômeno Twitter.

Mas aí tem a boa: você pode postar do seu programa de chat favorito. Basta enviar uma mensagem ao contato determinado pelo site e deu. Surge um novo post.

Para postar aqui no Blogger, eu tenho que dar um monte de clicks e carregar várias páginas.

Digamos, por exemplo, que eu esteja no Google, como na foto abaixo. Tenho que ir na barra de endereços e digitar curitibocas.blogspot.com. Ok, até aí tudo bem.



O leitor atento percebeu que eu estava loggado com a minha Google Account. Será que o blogger percebeu isso? Não, claro que não. Tanto faz se é Firefox ou Explorer, eu tenho que apertar em sign in.

Felizmente ele não pede para eu digitar novamente a senha e o login do Google. Sou jogado em outra tela onde tenho que dar mais um click. Desta vez em new post.

Finalmente chego à caixa de texto para escrever meus lindos pensamentos e importantíssimas opiniões. Depois, mais um click em publish post.

Estou livre? Posso escrever outro? Não. Agora vem uma tela de felicitações por ter passado por toda essa jornada maldita.



Só de imaginar que bastaria dar um clique e escrever me pareceu que valia a pena experimentar.

Mas qual microblog deveria escolher? Hoje são quase uma dezena de serviços. Isso nós veremos no próximo post.

quinta-feira, 13 de março de 2008

The Microblog Experience

Ganhei um novo brinquedo. É, é aquele que a Ceci não entendeu: twitter. Está logo ali, na coluna ao lado, embaixo de assine o feed.

Não se trata de nenhuma novidade. Até segunda-feira, não entendia qual era a vantagem de ter um blog onde cada post é limitado a 140 caracteres. Isso é só parte da característica do joguinho. Soube do resto lendo o Link de segunda-feira.

Aí eu... bem, melhor você mesmo ler a matéria aqui e depois a gente seguir.


Leia também

quarta-feira, 12 de março de 2008

Obs. para o Paiol Literário

Registrei aqui críticas ao público curitibano. Para fazer justiça, exponho que o Paiol Literário quase tomou todos os assentos úteis do teatro - sim, pois o Paiol tem umas cadeiras inviáveis... parte do charme.

Mais uma vez, papo de bom nível e agradável. Em um certo momento pareceu um pouco repetitivo. Pudera, por mais que mudem entrevistados e entrevistadores, as perguntas são sempre as mesmas. As respostas não variam tanto. Para quem acompanha o evento desde sempre fica aquele desejo de aproveitar as peculiaridades e diversidades de cada entrevistado.

Marina Colasanti, a estrela de hoje, nasceu em uma colônia italiana no nordeste da África. Escreveu 38 livros dos mais diversos gêneros. Teve de responder como era o seu processo de criação.

Mas o evento é bom... bah, dá até medo de criticar o Paiol Literário. É só uma observação para aprimorar. Não por isso você deve deixar de ir. É bom, vale a pena e que dure por muitos anos.

O próximo é dia 8 de abril com Antonio Carlos Viana.


Leia também

Microblog? Não entendi

João: viste la inovación del blog?
Ceci: microblog?
João: yep. Twitter
Ceci: si, pero igual no la entendí.
João: es una especie de blog fácil de postear.

***
A última frase do João é uma explicação bem simples do novo elemento à direita neste blog: Microblog do Curitibocas. Mas não foi tão fácil pra eu entender. Quando entrei no Twitter dele e só tinha frases aleatorias e sem sentido como:

Diogo Aileoz diz (12:06): Gmail, abro de mês em mês... concentrei tudo no hot[mail] ¬¬ Joao Varella diz (12:09): stupid about 1 hour ago from im
Pra ser sincera, não entendi a utilidade deste microblog. Perguntei novamente pra o João mas não teve muita paciência comigo. Respondeu: Wikipedia. Então, vamos lá.

Twitter é uma rede social e servidor para microblogging que permite que os usuários enviem atualizações pessoais contendo apenas texto em menos de 140 caracteres via SMS, mensageiro instantâneo, e-mail, site oficial ou programa especializado.

Hmm... Ficou claro? Não se preocupe. Se bem conheço ao co-autor deste blog, ele vai fazer um post com as vantagens do Twitter. Esperaremos esse texto...

Reforma na língua portugueza

Parece que agora vai. Portugal topou entrar na reforma ortográfica na semana passada (mais detalhes aqui e aqui). Acalme-se. Não precisa ir correndo comprar seu Curitibocas revisado de acordo com as novas normas que a mudança completa levará uma década no mínimo.

Sou absolutamente a favor dessa reforma, porém ela me parece incompleta. O esforço político é imenso e a língua portuguesa carece de um upgrade maior. Essa atualização é de uma proposta de 1991 - já nasceu velha. A montanha vai parir um rato.

Para eu, a lingua portugueza tem um monte de frescura - "S" com som de "Z", "C" que fica com som de "S", "CH" e "X", entre outras tralhas inuteis. Porque não cada silaba ter um som e acabar com as redundansias? Para que tanto "porque"? Sem contar o uso de proclize no inisio de fraze. Me corrija se eu estiver errado, mas me parece que é um elemento que amplia as nosas formas de expresão sem complicasão.

Demoraria bastante para deixar de ver os erros do parágrafo anterior, mas facilitaria e muito o ensino e a popularização do idioma. Revolusionaria.

terça-feira, 11 de março de 2008

CD entregue

Acabei de deixar um CD com os arquivos do livro na Secretaria de Estado da Cultura. A previsão é que ele saia em 45 dias. Todas as bibliotecas estaduais do Paraná terão uma cópia do ilibado livro Curitibocas - Diálogos Urbanos.

Não tá ligado na parada? A SEEC aprovou o Curitibocas.

segunda-feira, 10 de março de 2008

+ Didonet Thomaz por Bruna Bazzo






Fotos de Bruna Bazzo.

Leia também:

Ensaio favorito

Uma das partes mais dolorosas na feitura do Curitibocas foi a escolha das fotos de Bruna Bazzo. Uma ínfima parte de seu belo trabalho iria para o livro. Como no virtual não temos que lidar com questões de espaço, passo a publicar as fotos desta maravilhosa fotógrafa que por um motivo ou outro acabaram não saindo no livro.

Começo pelo ensaio favorito dela: Didonet Thomaz









E tem mais... para quem quer mais Bazzo e não aguenta esperar o próximo post, acesso o blog dela.


Leia também

domingo, 9 de março de 2008

Tirando as pessoas, o resto é fácil

Semana passada me dediquei a conhecer as cabeças por trás da Fundação Cultural de Curitiba. Todos dispostos a trabalhar e de portas abertas - inclusive o presidente Paulino Viapiana.

Eles me ofereceram total liberdade para dar palestras ou oficinas. Os imóveis da Fundação estão a disposição. Basta ter vontade e dar um plano bem feito.

Oportunidade interessante para fazer uns trocados. Porém (sempre tem um "porém" quando estamos falando de ação cultural nestas bandas) dificilmente há público para quem não é conhecido. Geralmente, quem elabora um evento tem muitos amigos ou é consagrado.

Para os padrões da Fundação, dez pessoas é sucesso. A feira do livro curitibana, Curitiba Literária, superou todas as expectativas ao conseguir reunir 40 nas mesas-redondas.

Não que eu estivesse interessado em fazer uma oficina. Mas é curioso que tudo seja fácil, salvo pelas pessoas. "É difícil tirar o povo de casa", desabafou um alto funcionário.

sábado, 8 de março de 2008

Decepção e reparação

Vale a pena ler o texto Decepção e Reparação de Ignácio de Loyola Brandão no Estadão desta sexta-feita. Trechos:

(...)Bibliotecas não podem ser passivas, precisam ser ativas, promover coisas, tornarem-se atraentes, interessantes. Há no Brasil uma enorme incompreensão em relação a elas. Viajo e o que vejo, quando existe a biblioteca (prestem atenção, quando existe) me estarrece. Em geral, enviam para elas velhos funcionários às vésperas da aposentaria. Lugar de encosto. Gente que só espera cumprir tempo de serviço e fica ali sentada atendendo com má vontade, mandando crianças ficarem quietas, reprimindo. Uma vez, em Campo Grande, numa escola em que meus filhos estudavam, a biblioteca era o lugar de castigo. Punia-se trancando o aluno na biblioteca. Ou seja, criava-se uma relação de desgosto. Quando se deve criar amor.

(...) Em cada biblioteca que passo, pergunto: qual é o critério para a compra de livros? Em 90% dos lugares, respondem-me: quando há verba, recorremos à lista da Veja para saber o que o público quer. Parece-me um raciocínio perverso, porque raramente os melhores e os bons livros estão nas páginas da Veja. Perceberam o detalhe? Quando há verbas.

Leia o texto completo aqui.

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sexta-feira, 7 de março de 2008

Ei qué te pasa Buenos Aires? ♬♪♫

Cumpri três dos quatro objetivos que tinha planejado para hoje.

1. Conversar com Josefina Ferrari, de Lingua Brasil, sobre o livro
2. Deixar dois exemplares em Casa do Brasil
3. Passar pela Câmara de Comercio Brasilera
4. Conversar com Julio, de Espacio Idiomas, sobre o livro

O ponto 1 não aconteceu. Mesmo tendo avisado ontem por email e ao secretário do lugar, não consegui me encontrar com a coordenadora do instituto. Tudo bem, fica para a próxima semana.

A reunião com a Casa do Brasil foi ótima. Aliás, é uma das escolas de línguas aonde eu aprendi meu português (as outras foram o Instituto Lenguas Vivas e a Escola João Varella). Bati um bom papo e deixei dois exemplares em consignação. A simpática livraria deles é um quarto cheio de cultura brasileira. O verde e o amarelo são as cores predominantes, obvio.

Logo apareci de imprevisto na Câmara. Nestas últimas semanas tentei falar com a gerente (já tive uma reunião com ela no ano passado, antes do lançamento) mas não consegui passar o filtro dos assistentes dela. Não sei qual é a chave mágica, mas por telefone era impossível marcar uma reunião. A urgência era a seguinte.

A Feira do Livro acontece do 24 de abril ao 12 de maio. É um megaevento no qual Curitibocas quer estar presente. O único jeito para nosso livro, é vendê-lo no stand da Embaixada do Brasil. Claramente, ter o apóio da Câmara no primeiro contato com a Embaixada é diferente que ir sozinha a tocar na porta. Então, apareci lá e conversei com a gerente. Se tudo dar certo, semana que vem vamos ter avançado nesta possibilidade. Ah, detalhe: se você for na Câmara, vai encontrar o Curitibocas bem exposto lá.

O último objetivo da jornada era ir no Espacio Idiomas. Conversei com um dos professores para incluir o livro como material didático nas aulas de português. Estive lá uns 20 minutos. Ele vai ler o Curitibocas para avaliar com outros professores se o texto é adequado para as necessidades do curso. Ele parece exigente com o tipo de material que precisa, mas não perco nada tentando. Quarta-feira que vem vou ter uma resposta e o livro de volta.

Foi um dia agitado mas que rendeu bons resultados, eu acho. O lado ruim é que estes lugares não ficavam perto um do outro. Pior, o metrô teve demoras. Um pouco de claustrofobia urbana para uma quinta-feira.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Livraria com paranaenses na estante

A Pedra da Gazeta deixou imensa lacuna no mercado de livros em Curitiba. Em pouco tempo, o cantinho do Anthony Leahy se transformou em referência obrigatória para quem estivesse em busca de um livro feito por alguém da província.

Ontem descobri que há um outro lugar com a mesma proposta. É a Livraria Dario Vellozo. Fica na antiga sede da Fundação Cultural, em frente a grotesca fonte do Cavalo Babão, no Largo da Ordem.

Descobri por sorte. Fui conversar com o coordenador de literatura da FCC Mauro Lietz. Ele mencionou que eu poderia deixar o livro a venda na livraria. Há dois anos está ali. Nunca tinha nem ouvido falar. Isso que eu passo no Largo boa parte dos meus finais de semana.

Perguntei para a administradora da livraria porque não colocaram uma placa ou alguma coisa que indique a existência do local. "Já pedimos. Tomara que algum candidato à prefeitura faça isso este ano".

Quase caí para trás com a resposta. Quer dizer que a tal da vontade política é lenta, difícil e entorpecida até ali? Num dos mais conhecidos cartões postais da cidade? Uma placa?

Aff...



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quarta-feira, 5 de março de 2008

Curitibocas em Buenos Aires

Eu quero trazer Curitibocas a Buenos Aires. Esse é um dos meus objetivos deste primeiro semestre. Como já leram, graças à Operação Buenos Aires, tenho mais 15 livros no meu poder. Hoje comecei a atuar.

Dediquei a manhã e a tarde de hoje para fazer contatos com instituições brasileiras e escolas de ensino de português. Tem bastantes lugares aqui em Buenos Aires, para minha surpresa -quem estiver interessado, click aqui. O resultado? Nos próximos dias, andarei com livros na minha bolsa para levar às reuniões que marquei com a maioria deles.

Curitibocas tem uma boa chance em terra argentina. Em breve, mais novidades.

½ chance basta

"Para alguma coisa dar errada, meia chance basta". A frase é do meu pai. E é verdade. Um axioma digno das leis de Murphy.

Isso é tudo que tenho a comentar sobre a Operação Buenos Aires, conforme proposto pela Cecilia. Deveria ter checado a reserva antes. Achei que estava tudo certo e o fiz somente no dia anterior. Causou confusão.

Cabe também destacar a influência que a nossa Polícia Federal teve na nossa porteña favorita. Nada tão rocambolesco quanto "Operação xeque-mate" ou "BBB". Está no caminho.

terça-feira, 4 de março de 2008

Novo Roda Viva

Já confessei aqui ser fã do programa Roda Viva. Hoje vi pela primeira vez o programa reformulado. E como este é um blog que trata de um livro de entrevistas, nada melhor do que volta e meia falar de um belo exemplo televisivo de entrevista.

Primeira coisa que chama a atenção é a nova identidade visual. Compare as logos


Nova logomarca

Antiga logomarca


Eu não sei vocês, mas eu gosto mais da antiga. A nova coloca um planeta... típica primeira idéia de qualquer estagiário de publicidade ao pensar em um programa amplo e de credibilidade. A velha destacava o que era mais charmoso no programa: o cenário.

Por falar nele, agora é todo branco. Até aí tudo bem. A idéia de colocar o entrevistado no centro de uma arena permanece. Mas colocar a cadeira do entrevistado no meio de um desenho do globo terrestre é francamente ridícula. Qual é a idéia? Há alguma idéia além da conexão óbvia com o logo? Pretensão de ser um programa com as coisas mais importantes do mundo?

Mais grave que isso é a troca do apresentador. Paulo Markun era elegante, apertava sem aparentar, sabia colocar ordem e pontuar o programa.

Carlos Eduardo Lins da Silva é um jornalista admirável. É autor de dois livros essenciais na profissão: Mil Dias e O Adiantado da Hora. Porém não trouxe nenhuma das características de Markun listadas acima. Não na entrevista que vi, ontem, com o deputado tucano José Anibal.

Tá, tá... ele está só começando. Mas é o meu programa favorito na televisão brasileira. Deixa eu ser chato. Talvez até eu me acostume com o passar das segundas-feiras.

Agora um enorme acerto na reforma do programa - que quase compensa os enganos - foi a trilha. Colocaram Roda Viva do Chico Buarque com arranjo de sopros e ritmo marcado por piano. Mescla de drama, solenidade e alegria perfeita, típica desse tal de Buarque.

O Roda Viva vai ao ar pela rede pública brasileira de televisão (TV Brasil, Paraná Educativa, TVE-RS, Cultura), segunda-feira, às 22h40.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Curitibocas inspira Fantástico


Maurício Kubrusly esteve em Curitiba na terça-feira passada. Gravou o quadro Me Leva Brasil, do Fantástico, com o Oilman e a Efigênia Rolim, dois personagens do Curitibocas.

Coincidência? Nada disso. A produtora do quadro, Evelyn Kuriki, entrou em contato comigo. Pediu sugestões de personagen. Passei uns 10 dos 17. Ela ficou com dois.

Acho que semana que vem vai rolar. Todo mundo aqui sabe a hora e o dia que passa o Fantástico, né?

domingo, 2 de março de 2008

+ Polaróides

Didonet Thomaz acrescenta novas informações sobre o post polaroides (in)visíveis. A parceria Bazzo/Thomaz parece ter rendido...

Por Didonet Thomaz

Ah, a foto "da garota de costas com um o brinco na orelha" (Fotografia Bruna Bazzo), enviei para a minha listagem (Brasil e exterior) com o seguinte título "Documentário do tempo virgem: horizonte 2008" na passagem de 2007-2008. Recebi, por exemplo, mensagens como estas :

"... que linda imagem! é uma peça sua, tipo, um trabalho? vejo uma flor que vai caindo...... molezinha. contadora do tempo. bela e sábia florzinha. se projeta para 2008? abraços... " (Cristina Laranja Ribas, artista plástica/MG).

"... adorei o espelho, mais ainda o reflexo, mas talvez mais ainda o branco do fundo (ou o fundo do branco). muito mar parado em 2008, e que possamos escutar cada silêncio, um abraço..." (Raquel Stolf, artista plástica, escritora/SC).

"... ui! (...) Rubens: o que significa "ui!" no seu peculiar vocab? (...) caramba, didonet... significa algo dolorido e prazeroso ao mesmo tempo..." (Rubens Pileggi, crítico de arte/RJ).

"... agradeço seu olhar de longe, mais perto do horizonte, para vislumbrar novos tempos navegar eh preciso..." (Denise Bandeira, artista visual/PR).

"... liindo..." (Maria Tomaselli, artista plástica/RS).

"... que o tempo virgem nos surpreenda com boas surpresas como esta..." (Cleomar Rocha, professor e pesquisador em artes plásticas/BA).

"... Que bonita mensagem de final de ano! Realmente, as fotos da Bruna são belos trabalhos. Mas, a direção de arte não fica atrás.

Eu espero que o tempo virgem fique grávido de coisas boas, que deverão nascer, aos poucos, em 2008...". (Tânia Bloomfield, artista plátsica/PR)

"... Uma bela fotografia feita por Bruna e que te retrata sem sombra de dúvida num belo equilíbrio de "formas" e de mensagens. Você me enviou muitas informações no decorrer desse semestre que vivi, com muitos outros, penso, num acúmulo de "fragmentos" que correm em todas as direções e nos conduzem a nenhum verdadeiro destino. O mundo (e cada um de nós) vai ter que girar fundamentalmente de 180 graus sob pena de diluição. rápida..." (Etienne Samain, antropólogo, Campinas/SP).

* * * * * * * * * * * *
Depois, a foto foi escolhida para participar da exposição "Polaróides (in) visíveis - auto retratos" - site www.sinTOMnizados.com.br/polaroides_retratos, sob a curadoria do artista plástico Tom Lisboa, não foi retirada do brunabazzo.blogspot.com/2008/01/polaroides-invisveis.html -, mas do CD que ela me deu com o Ensaio completo feito no meu apartamento-ateliê-museu; foi inserida, com outro recorte, na exposição (existiram diálogos e autorizações prévias) "Polaróides (in) visíveis - auto retratos", sem fins lucrativos. A foto, batizei-a com o nome de "não-auto-retrato" (título que não foi publicado no folder, ausente o agradecimento em nome da Bruna - a foto não é de minha autoria - fez-se um jogo pela curiosidade: inusitada foi a vontade de me retrair, isto é, de evitar um auto-retrato, interferindo nas regras da mostra "Polaróides (in)visíveis - auto retrato", valorizando o "formato polaróide".

Acontece que enviei a mesma foto, em recorte original, para ser publicada no MUVI-Museu Virtual de Artes Plásticas, aí, sim, aparecendo o crédito Fotografia Bruna Bazzo. Está online e, por meio do link www.muvi.advant.com.br.

Outra foto da Bruna (com autorização dela), foi publicada no meu CV que está na Plataforma Lattes - e ela publicou a mesma foto no seu próprio Blog, com os créditos, fazendo um link com a exposição "Polaróides (in) visíveis - auto retratos", isto é fazer rede inteligente. Acontece que na Plataforma também não há espaço indicado para o nome do autor da fotografia de cada pesquisador focado, pelo menos não encontrei o espaço. Enfim, porque perder oportunidades de mostrar uma obra de arte como essa "da garota de costas com um o brinco na orelha" se existe a possibilidade de criar links? Agradeço o diálogo que ela e eu mantivemos a respeito do assunto que não está encerrado. Agradeço ao João e Ceci, por todas as conseqüências...

A pedido: na próxima edição/publicação do livro Curitibocas - Diálogos Urbanos, séria ótima idéia trocar a foto da página 166 por esta "não-auto-retrato", fazendo outro link - a foto da Bruna merece.

sábado, 1 de março de 2008

SEEC aprova o Curitibocas

Pouco antes do meio-dia, recebo um recado. Deveria ligar urgente para a Secretaria Estadual da Cultural (SEEC).

Ligo. Atende Rosi. Com tom monocórdico avisa que eles querem editar o Curitibocas.

- O QUÊ? É SÉRIO? - digo, sem conter a felicidade e surpresa.

- Sim, mas você não esperava isso?

Segundo haviam me dito, raramente a SEEC edita livros. Um livro cheio de polêmicas e palavras duras contra o governo então, esqueça. Rosi respondeu que outros três livros foram aprovados. Tinha uma informação ruim e resolvi acreditar nela ao invés de conversar direto com a fonte. Estúpido.

O resultado reunião do conselho de editoração da SEEC sairia em outubro. Nem dei mais bola para isso. Atrasaram a divulgação do resultado. Não deram o motivo. Fato é que fomos aprovados.

Fui até a SEEC no final da tarde. Não gostaram do fato do livro já ter saído por uma editora comercial. Uma funcionária já tinha dado parecer desfavorável. Estava com um manuscrito do Curitibocas na mesa (há quanto tempo não via um desses?). Queria que eu levasse embora e tchau e benção.

Pedi para falar com Rosi. Já tinha saído. E entrava de férias justamente naquele dia. Ligamos para ela.

- Acho que vai ser bom para a SEEC ter seu livro.

Vitória! Rosi deu garantias que o livro sai de novo. Isso significa que as bibliotecas estaduais do Paraná terão uma cópia. Assim que tivermos novidades nesse sentido, informaremos aqui.