segunda-feira, 30 de abril de 2007

Em sunga e bicicleta deu o sim

Nosso livro tem um entrevistado que infelizmente não podemos obviar. Seria triste publicar o livro sem o personagem mais insólito de Curitiba: Oilman. Não conheço lugar nenhum que tenha uma pessoa que ande de bicicleta pela cidade de sunga e com óleo no seu corpo. Realmente é algo único.

No 31 de março conseguimos fazer uma entrevista com esta pessoa tão particular. Dias depois, falou conosco dizendo que queria revogar a autorização. Combinamos então uma reunião para discutir melhor o assunto, até almoço preparamos. Ele não veio.

O dilema de Oilman ficou em suspenso. Decidimos falar com ele só quando tivéssemos a entrevista editada, com a esperança de que não faça questão nenhuma sobre a publicação.

Perto das seis da tarde eu estava na rua XV de novembro, quando vi o Oilman passar. É a segunda vez que me acontece, só que a primeira vez tinha uma sunga azul e hoje era vermelha. Fique em choque. Não sabia se era melhor aguardar até ter a entrevista em mão ou me lançar a falar com ele nesse mesmo instante.

Parada, pensando, avaliando as possibilidades, fiquei aí pelo menos um minuto, tempo suficiente para que o homem-óleo fosse embora. Daí tomei a determinação de resolver o assunto na hora. Pedalei até alcançar-lo. O chamei pelo nome verdadeiro, Nelson. Ele parou, me olhou, me reconheceu e só depois decidiu me cumprimentar.

Perguntou pelo livro, e rapidamente respondeu a pergunta que eu estava fazendo na minha cabeça. Talvez temos alguma conexão mental, quem sabe. O importante é que cedeu. Diz que temos a assinatura dele e que podemos publicar a entrevista de começou ao fim. Eu, tentando esconder minha felicidade, fez alguns comentários um tanto mais "light" e consegui tirar um sorriso do Oilman.

A gente se despediu em bons términos. Eu para meu apartamento pensando neste texto e ele gerando polêmica na rua XV de novembro.

Alem do blog, novas divulgações

Mesmo à distancia, a dupla curitiboca segue trabalhando no livro. No fim de semana mandei a gazetilha do projeto a 16 sítios de Internet relacionados ao âmbito da comunicação. Na lista estão inclusos alguns jornais paranaenses.

Já recebi duas respostas positivas de jornalistas interessados em divulgar o projeto. Enquanto esteja confirmada suas matérias vou colocar neste blog. Por enquanto, estamos terminando a degravação das últimas entrevistas (com o charguista Paixão e o músico Ivo Rodrigues) e adiantando as edições.

domingo, 29 de abril de 2007

Visualize Curitibocas

O importante são as palavras deles, mas sempre uma imagem é um complemento interessante. Por isso, hoje apresentamos fotografias da primeira metade dos entrevistados.

De esquerda a direita: Borboleta 13, Edílson Viriato, Ademir Paixão, Efigênia Ramos Rolim, Key Imaguirre, Oilman, Hélio Leites, Joba Tridente e Murilo Mendonça.

sábado, 28 de abril de 2007

A corrida Curitibocas

Curitiba tem um personagem que corre 20 quilometros todos los dias. Um do seus trajetos é desde a rodoferroviária até o Portão - quem conhece sabe que é bastante.

Hoje apresentamos um trecho da entrevista com o corredor de rua Paulo Cezar dos Santos Rodrigues.
















O livreiro fechado

Acabamos de voltar da mais tradicional livraria de curitiba, a Ghignone. Marcamos ontem entrevista com o proprietário, José Ghignone. Tomamos todos os procedimentos de prache. Porém, José dava respostas curtas e parecia indisposto a cooperar com a entrevista.

"Isso eu não respondo" ou "disso eu não entendo" deram a tônica do encontro que não durou mais de 40 minutos.

Seu tom de voz baixo em meio ao barulho do café da livraria pode ser apontado também como outro elemento desastroso.

Alegou desconhecer que se tratava de uma entrevista para um livro. Pensava que iríamos a livraria apenas para conhecer-la. Disse que em outro horário poderá nos atender melhor.

Mesmo que sejam dedicadas mais horas à conversa, se o livreiro continuar investindo nas desconversas, ele não estará no livro - por mais que nossos amigos da livraria do DCE da PUC acreditem ser essencial a sua presença.

Cecilia fará nova tentativa, onde explicará melhor o nosso objetivo.

Nota de falecimento

Este blog é dedicado hoje à memória de Sonia Cezar Sant'Anna, avó deste, que veio a falecer hoje às 3h30.

Sonia foi parte importante na formação moral e intelectual dos seus cinco netos. Deixa viuvo Moacyr Sant'Anna Cezar.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

O tempo, maldita adaga

O tempo foi homenageado no texto anterior. A produção de um livro pode dar a impressão de ter uma maior flexibilidade que um jornal ao respeito ao tempo. Em nosso caso, em que Curitibocas se tornou a principal motivação, não é assim.

Temos uma constante preocupação com terminar de entrevistar, degravar e escrever o livro. Seria muito mais fácil demorar um ano em fazer-lo, entrevistar a mais pessoas, em fim, ir mais devagar. Mas em nosso caso, o tempo é uma adaga que está ameaçando dia e noite. Exagero? Não.

Amanhã, seu José Ghignone se submeterá a um encontro curitibocano - esta é definitivamente a ultima entrevista. O processo de edição já está rolando e as editoras esperam com ânsia a versão final. Está tudo certo. Só temos que lutar contra nosso querido tempo.

O deus tempo


Curitiba

A primeira coisa que chama a atenção de quem entra em uma redação não são os jornalistas, os computadores ou a máquina de café. É a quantidade de relógios nas paredes. Toda (boa) redação sabe que atraso é pecado. Nunca vi sair em um jornal uma página em branco por que o repórter ficou preso no engarrafamento. "Pedimos desculpas, mas o Zé Pedro não conseguiu fechar o texto em tempo. Amanhã ele prometeu escrever essa matéria e mais uma para compensar você leitor". Zé Pedro provavelmente estaria despedido em todas as redações com muitos relógios.

Felizmente, coincidimos no respeito ao deus máximo do jornalismo. "Passo no teu apartamento às 15h para depois irmos juntos até a casa do entrevistado, ok?". Quando é assim, normalmente estamos 14h45 juntos. Já dando folga para furar o pneu da bicicleta, trânsito, se perder por Curitiba, esquecimento de papéis, falar bobagens nada a ver com o livro e outros contratempos que ocorrem.

Assim também demonstramos que nosso trabalho é sério. Quando dizemos que somos estudantes, alguns torcem o nariz. Por não sermos de nenhum veículo de comunicação, alguns nos menosprezam mais ainda. Com atraso, eu diria que alguns entrevistados recusariam a dar uma segunda chance.

Jornalistas sabem que atrair a fúria do deus-relógio pode arruinar uma boa pauta.
Por isso ele é homenageado todos os dias com o cumprimento dos prazos e compromissos.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Lista NÃO oficial de entrevistados

Na já citada troca de emails de novembro, elaborei uma lista de cabeça dos entrevistados para o projeto. Alguns realmente estarão no livro. Outros foram abandonados Confira a lista de entrevistados se dependesse das nossa idéia do final do ano passado e o que aconteceu com eles.

Oilman - entrou no livro. Andou ameaçando sair mas pelo jeito vai ser o carro-chefe do Curitibocas.

Inri Cristo - foi para Brasília.

Toninho da Renovar - sumiu do mapa.

Jacaré - sumiu do mapa. Dizem que foi para Brasília. Deve estar junto com o Toninho ou o Inri Cristo.

Plá - entrou no livro.

No mesmo e-mail, escrevi eu:
"Por supuesto que también existen los que son re interesantes pero no son ni un poco famosos. Es el caso del tipo que yo entrevisté en el reportaje "Quero ser pobre"".
Estou me referindo à Murilo Mendonça, que entrou no livro.

Os últimos dois nomes que citei neste dia foram de Luis Carlos Rettamozo e João Luis Fianni. O primeiro eu já entrevistei (btw, uma das conversas mais psicodélicas da minha vida). Fianni parece ser muito interessante.

Para saber da lista real e oficial dos entrevistados, clique aqui.

Curitibocas nem existe e já pede uma trilogia.

Perdi minha pauta

Para quem não percebeu, o "Blog do Curitibocas" tem uma atualização diária. Às vezes, não sempre, a pauta do dia demora em chegar. De manhã estava pensando o que escrever neste blog, e as idéias não fluíam. O dia passou e nada, minha cabeça continuava em branco. Triste se sentir assim, né? De tarde, andando pelo centro encontrei minha pauta. Iria colocar mais um audio, que seria o quarto trecho de entrevistas.

Cheguei em casa animada e fiz toda a edição e apresentação do personagem (em meu perfeito portunhol). Mas tinha esquecido que aqui tenho uma conexão a Internet muito fraca, o que significa que demora muito para colocar o audio. Na maioria das vezes nem consigo... Hoje foi uma dessas vezes. Estou frustrada. Perdi minha pauta (e meu tempo). Infelizmente, hoje não vão escutar ao corredor Paulo Rodrigues. Será amanhã ou algum destes dias. Tenham paciência.

Em outras notícias, hoje João degravou a entrevista a Juliano Suk em tempo recorde. Só mais duas e já passamos a outra etapa. Parabéns para nós.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Próxima parada, Buenos Aires

Quem esteja em Buenos Aires nestes dias, com certeza está curtindo da 33 Feira Internacional do Livro. Com mais de 30 paises involucrados, o evento conta com palestras, atividades, encontros com escritores, entre outras.

Um "stand" de 62 metros e com quadrados representa o mercado editorial brasileiro. Além da venda de livros (contará com 1.8 mil livros), também se realizaram eventos, oficinas de leitura e lançamentos de obras, entre outras.

A que nos leva todo isto? Desde já algum tempo que tenho a idéia na cabeça de publicar nosso livro em espanhol. Salvando o futebol, todo o resto é uma falsa rivalidade entre os países vizinhos. Em Buenos Aires tem muito interesse pela cultura brasileira.

O fato de que os livros brasileiros tenham uma maior presença em minha cidade me motiva bastante (por não dizer que já estou sonhando com o Curitibocas versão portenha). A embaixadora argentina de Curitibocas, Mariana Ayam, vai fazer sua parte em Buenos Aires. Semana que vem vai procurar na Feira quais são as editoras que apóiam a literatura brasileira.

Sou consciente da realidade. Ainda não temos nem a edição em português. Mas então preciso citar uma frase do filme "Ray" (2004):

If you think pennies, Mr. Charles, you get pennies.
If you think dollars, you get dollars


Sem mais comentários. Eu vou sonhar, e muito.

Curitibocas une solitários da madrugada

Jean Pecharki, Débora de Souza Pereira e João Varella estavam solitários na madrugada de ontem. Acabrunhados e resignados, cada um desempenhava tarefas individuas na Internet. Pereira olha para a tela do MSN. Percebe que Varella e Pecharki carregam o mesmo endereço eletrônico em seus nicks, o http://curitibocas.blogspot.com.

Debora se deu conta que os três se conhecem individualmente, sem saber que tinham um amigo em comum. Foi o início de um salutar messenger-à-trois.

Essa é apenas mais uma história deste projeto que apaixona o mundo. Você pode enviar a sua cartinha com alguma história comovente que envolve o projeto ou Curitiba. Se você não tem nada para contar, experimente divulgar o projeto. Pode ser por meio do nick no MSN, como fizeram os protagonistas deste relato.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Livro com alma castelhana


Este livro tem que estar pronto em breve. Daqui a pouco o intercâmbio estudantil da Cecilia termina e ela pretende voltar para a Argentina. Eu já estou com coceira para voltar a trabalhar com jornalismo - o livro tem muitas características da profissão, mas usará recursos proibidos em qualquer manual de redação sério.

Os dias passam e o nervosismo cresce. No momento, degravo a entrevista do Oilman, personagem mais popular do livro. Depois dele ainda faltam quatro. Há a previsão de alguns entraves sobre a participação de Ivo no futuro próximo que tomarão tempo.

Estamos na segunda metade do projeto. Precisamos ganhar. Não desejamos muita coisa, 1x0 já serve.

A garra que une Cecilia e eu se resume em duas palavras: alma castelhana. Ambos somos gremistas, time da garra e do suor até o último minuto. Se precisa fazer um gol contra o Cerro Porteño, fazemos um gol. Se são necessários quatro no Caxias, pode acreditar que será assim. Vale gol qualificado? Então é 1x1 fora e 0x0 no Olímpico. O coração batendo embaixo do peito e o regulamento embaixo do braço, como diria o Peninha.

Bah... Grêmio, Curitibocas, Curitiba, Porto Alegre... iii... esse texto não está bom. Era mais mesmo a vontade de dividir minha felicidade pela classificação do Grêmio na Libertadores.
Dá-lhe Grêmio, Dá-lhe Curitibocas.


Olha a cobra, aqui tem

No 16 de março tivemos um encontro com a legendária Borboleta 13, também conhecida como "mulher da cobra". Não foi para comprar um bilhete mas para fazer mais uma "curitibocada", digo... uma entrevista.

Hoje podem escutar um trecho da conversa com Terezinha (verdadeira identidade da Borboleta, quem sabia disso levante a mão!)
















Ivo Rodrigues: Round 2

O bar Jacobina foi novamente a arena escolhida para a sessão de entrevista com Ivo Rodrigues. Como no encontro anterior, o líder do Blindagem delimitou o horário limite para a entrevista.

Fizemos de tudo para aproveitar ao máximo este tempo. Chegamos vinte minutos mais cedo. Sentamos na mesa que ele havia escolhido na semana passada. Compramos água mineral com gás, limão e gelo. Tudo pronto para a vinda do Ivo.

No começo do embate, a burocracia. Ivo tem projetos (que juramos de pé junto nao revelar) que impedem o uso de seu nome. Argumentei que nosso livro pode ser uma humilde colaboração do projeto de Ivo. Mesmo assim, mostrou-se extremamente receoso.

Decidimos em comum acordo trabalhar e depois ver o que acontece. Simpático, deu a entrevista com muito bom humor. Prometemos mostrar o livro pronto para ele antes de qualquer coisa.

Depois do papo, nova menção burocrática envolvendo royaties, propriedade intelectual, etc. Tomaremos a mesma atitude da entrevista: trabalharemos primeiro para depois ver no que dá. Tenho fé que no final tudo acabará bem.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Especulações na Bolsa

Foram vários desencontros mas finalmente hoje, as 10 horas no bairro São Francisco, tive uma reunião com Vera Albuquerque, diretora da Bolsa Nacional do Livro.

Logo da apresentação do vídeo do projeto Vera confessou que não conhecia vários dos entrevistados e sugeriu mais alguns nomes relacionados à cultura. Isto nos acontece regularmente porque na verdade, Curitiba tem muitos personagens que formam parte da sua "identidade" (mais adiante vamos questionar ese fato da identidade, mas tudo bem por enquanto). Infelizmente, há um momento que temos que fechar a lista de entrevistados, já são 18! Quem sabe, talvez "Curitibocas 2" seja uma boa opção.

A gente bateu um papo por meia hora. Vera me explicou como funciona a editora, a distribuição, tiragem e direitos autorais, entre outros temas. Ficou interessada com o projeto e vai continuar avaliando as possibilidades de editar o livro.

Ainda temos que apresentar o texto completo, com as entrevistas e a história completas, mas por enquanto Curitibocas - Diálogos Urbanos tem boas chances no mercado editorial.

Do outro lado do balcão

Ceci e eu vimos o outro lado da entrevista. Desta vez, fomos entrevistados por Lálika Stadnik, jornalista do Fotos & Fatos.

Foram uns 30 minutos de entrevista onde expomos o projeto. Falamos de jornalismo, cultura, Curitiba, política... enfim, uma entrevista com os temas que envolvem este amado livro.

Conhecemos bem o processo. Stadnik deve estar degravando a entrevista para depois editar-la. Tentamos facilitar ao máximo para ela. São as vantagens de conhecer os dois lados do balcão.



Lálika Stadnik

Video clip caseiro apresenta a cidade de Cu- ritiba

Das 10 cidades que mais visitaram o blog na semana passada, oito não são do Paraná. Quatro delas nem brasileira são. Eis um video que apresenta o que é Curitiba, astro-mor deste projeto.

domingo, 22 de abril de 2007

Novo desenho gráfico

O Blog agora está de cara nova. Espero que gostem. Acredito que a mudança melhorou a legibilidade dos textos.

Desconhecemos de que cidade é a foto no cabeçalho. Certamente não é Curitiba.

Agradecemos a ajuda de Marcelo "Symn" Farias.

[atualização: segundo Murilo Mendonça, esta foto é de Nova York, cidade quase tão relevante quanto Curitiba]

O Plá pelo Plá

Depois da poesia de Efigênia, hoje escutaram a Ademir Antunes, o artista de rua melhor conhecido como o Plá. O cantor já tem 30 discos editados e pode ser encontrado na Feira do Largo e na Boca Maldita (praça Osório, para quem não mora em Curitiba).

Neste trecho, com um esforço quase metafísico, o Plá define ao Plá. Acompanhe as palavras do artista.
















Levei um fora de uma puta

Na troca de e-mails iniciais entre Ceci e eu, produzi uma lista de entrevistados de memória. Alguns acreditava que iria ser fácil acertar uma entrevista. Uma que eu dava como certo era a mais famosa acompanhante de Curitiba, Kendria Vaz.

Kendria é famosa pelo tempo de estrada no meio. Lembro-me dela da primeira e única vez que fui na maior festa de carnaval de Curitiba, o Bem Bolada de 2005. O espírito folião da festa é centrado no concurso de prostitutas. Os prostíbulos da cidade colocam suas peças mais atraentes e as fazem desfilar diante de um público de marmanjos babões.

O júri é composto de vereadores e apresentadores de televisão local. Algumas mais ousadas tentam conseguir mais pontos com segundos de topless antes de se despedir da passarela. Kendria foi além.

Ela figurava como uma espécie de puta de honra. Mostrou tudo. Parecia se deliciar com a torcida que clamava seu nome a cada movimento mais ousado. Mais gritos, maior o seu contorcionismo erótico.

Uma simples busca no Google revela o seu telefone. Dava sua participação como certa. Foi a primeira a ser convidada a participar do projeto. Conversei com ela, expliquei do que se tratava. Ela não aceitou. Parecia desconfiada. "Por que me escolheram?", perguntou. Justifiquei sua importância dentro do universo curitibano. Ela disse lamentar ter tal fama. Kendria mostra sua genitália em público, mas não quis mostrar suas palavras em uma entrevista.

Curitibocas teve um "não" para começar. Desde então nada seria como imaginávamos.

sábado, 21 de abril de 2007

Antes de chegar ao livro, eles falam no blog

As 50 horas de entrevistas querem fugir do computador de João para novos horizontes. O destino é naturalmente o blog de Curitibocas.

Hoje, vão ouvir a primeira de nossas entrevistadas, Efigênia Ramos Rolim, recitando sua poesia mais consagrada. Transcrevemos o texto para facilitar a compressão.


















Um pouquinho de loucura que está dentro de mim
Vou mostrar para as criaturas que a vida é sempre assim
Eu não tenho muita cultura para seguir este caminho
Mas nas minha aventuras eu sei que não estou sozinha

Eu não sei para onde vou
Ninguém sabe de onde eu vim
Mas se Deus me conviou, eu fico até o fim

Pelas ruas desoladas
Ninguém me conhecia
Eu sentava nas calçadas
Declamava poesia

Mas nem tudo que diz a verdade
Mas pode ser verdade que diz
A maior felicidade é saber ser feliz

Felicidade não é voar alto
Mas ter onde pousar

Como o chapéu na cabeça é muito pouco
Espero que o mundo reconheça quais são os loucos
Quais são os loucos?
Eu fiz a minha roupa com tanto capricho
Chamam de louca por que visto lixo?

As crianças que me chamam de bruxinha
Pobre sem defesa que defende a natureza
Então me chama de madrinha

Personagem fictício será homem

Discussão aberta na comunidade "Eu apóio Curitibocas". Conclusão: o protagonista será do sexo masculino. Envie sugestões de nome pelo MSN, e-mail, cometários no blog ou no Orkut.


Joao


Protagonista homem ou mulher? - Discussão aberta
Afinal, é hominho ou mulherziha?

Ceci, poste aqui por que tu acha que o protagonista tem que ser um homem. Vai que damos sorte o fantasma ou outros futuros leitores aparecem para enriquecer a discussão...

Essa discussão já demorou demais para ser concluída.


disponível para bate-papo Ceci
20 Abr(13 horas atrás)
Quando a gente começou a pensar este livro, o primeiro "brainstorming" foi sobre o personagem fictício, aquele que ia levar ao leitor pelas diversas entrevistas.

Eu acho que é melhor que seja do sexo masculino porque a idéia é que transite pelos diferentes lugares de Curitiba, conhecendo todos os becos da cidade. Para que a história seja mais real, um homem seria mais indicado.

Vamos ser honestos, uma mulher não vai andar de noite sozinha até encontrar um bar. Não vai dormir na rua para acordar a manhã seguinte na Feira do Largo. São coisas que as mulheres da vida real, geeeeralmente não fazem..


Joao
20 Abr(13 horas atrás)
Concordo com tudo. Certamente será um problema é fazer o público acreditar nela. Apenas pondero que uma mulher que faça esse tipo de coisa pode ser muito mais marcante.

Claro que ir em um bar, sozinha, de noite e numa cidade nova é coisa meio estranha numa mulher. Como disse uma amiga pelo MSN, não lembro de uma protagonista feminina marcante. Essa pode ser a primeira.

Pode chamar muito mais a atenção... um homem vai acabar caindo na banalidade do "aventureiro".


disponível para bate-papo Ceci
20 Abr(13 horas atrás)
Tá.. Também pensei em isso de que seja uma mulher diferente, de romper com os estereótipos (sem cair no feminismo). Seria interessante, bem diferente e meio inovador, assim como nosso livro.

Mas, talvez sendo mulher vai atrapalhar mais a atenção, e não ser uma mera desculpa (o que era o plano original do personagem fictício)


Joao
20 Abr(13 horas atrás)
you win
Verdade. Talvez ela acabe chamando mais a atenção do que os próprios entrevistados. Sempre aparecem intelectualóides que saem interpretando tudo e vão acabar misturando as coisas.

Ok, sigamos a coleta de nomes... salvo que apareça alguém com um argumento mais forte.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Mais duas livrarias para distribuir Curitibocas

Estou me aproximando a um nível preocupante de loucura pelas livrarias. Já se tornou uma prática cotidiana entrar nelas e pesquisar sobre possíveis difusões de Curitibocas.

Ontem bati um papo com Sirlei Borges, funcionaria da Livraria Chain. Aclaro que seu sobrenome não tem nada a ver com o célebre escritor argentino, só se por acaso esse pensamento passou pelas suas cabeças.

Contei do projeto para ela e pergunte sobre a possibilidade de colocar o livro aí. Sirlei ficou interessada. Claro, depois de explicar tantas vezes o que é Curitibocas, meu discurso fica cada vez mais bonito. O que a Livraria Chain faz com novos autores é botar 5 exemplares. Se vendem, botam mais 5, e assim por diante. Como todas as livrarias, o negócio é por consignação.

Caso vocês não podem esperar ao lançamento do livro e já querem anotar o endereço, é na rua General Carneiro, 441 (bem perto da Reitoria). Se não são cidadãos curitibanos e são pessoas curiosas, fiquem a vontade de entrar em GoogleMaps e procurar o lugar. Mas tranqüilos, a edição de Curitibocas - Diálogos Urbanos não vai esgotar.

Já que estamos neste tema, hoje liguei para Livrarias Curitiba. Na verdade, o motivo era outro, mas obviamente perguntei a Sergio Pedri, simpático funcionário do setor de compras, como a gente podia se inserir na livraria. Contrário ao meu pessimismo (Livrarias Curitiba é uma empresa bem grande e mais para o lado do comercial que cultural), eles tem um setor chamado "autores locais". Com certeza o gaúcho e a argentina vão entrar nessa categoria. A lógica é a mesma, teríamos que deixar o livro consignado. Mas, o ponto positivo é que eles até fazem o lançamento. Quem tenha obtido mais de 18 pontos no Quiz Curitibocas terá um convite especial para esse grande momento.

É bom saber que temos pontos de venda. Enquanto o livro esteja acabado, a divulgação não vai ser tão difícil. Já são três livrarias e meia (a última, Livrarias Curitiba, ainda não foi conferida) que se comprometeram a vender Curitibocas. Agora o importante é fazer o livro, tão só um detalhe.

Curitibocas, o que é isso?

"Curitibocas - Diálogos Urbanos" é um livro que reúne de 17 entrevistas com os principais ícones curitibanos. A obra pretende fazer uma radiografia da cidade, de seus atores mais influentes e das discussões contemporâneas mundiais. Derrubando as lendas urbanas que a caracterizam, o livro dará um ponto de vista único para os curitibanos e situará os leitores de fora da cidade.

Este blog é o espaço escolhidos pelos autores para divulgar o "making of" do livro. Desde abril exibe textos, crônicas, vídeos, trechos de áudio e demais posts que estão relacionadas a este projeto.

Confira a lista de entrevistados aqui.

Veja onde comprar o Curitibocas aqui.

Sexo antes do batizado

Arthur, Marcelo, Deodoro, Emídio, Sidinei... todas sugestões para o nome do personagem que nos chegaram, conforme pedimos anteriormente. Porém, o fantasma mala que assombra a comunidade do Curitibocas - ou simplesmente outra pessoa que postou anônima - deu uma sugestão mais elementar: "Eu acho q o nome do personagem deveria ser de uma mulher :P"

Pode ser que o misterioso(a) usuário(a) tenha se referido a um homem com nome de mulher - no melhor estilo A Boy Named Sue, do mestre Johnny Cash. Ou que o personagem seja uma mulher.

Então agora a pergunta ganha esta nova problemática. Continuem mandando sugestões. A maioria tem chegado pelo MSN. Estamos considerando também as sugestões enviadas por e-mail, Orkut, comentários no blog, carta, fax, telefonema, conversa de boteco ou cochicho no ônibus.

Sobre o fantasma, eu não entendo para que postar anônimo. Tenho certeza que se eu desligo essa funcionalidade, o cara pára. Entre um e outro, prefiro que o mistério aos posts dele.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Lista oficial de entrevistados

Efigênia Ramos Rolim (A Rainha do Papel de Bala): Faz arte com lixo. Contadora de histórias e poeta.

Helio Leites: Artista minimalista que cria histórias a partir de caixinhas de fósforos. Fundador do Museu do Botão.

Terezinha Hevane dos Santos (Borboleta 13 - Mulher da Cobra): Vendedora de bilhetes de loteria da Rua XV de Novembro. Sua fama se deve a sua potente voz ao anunciar a "Cobra" e a "Borboleta 13".

Ademir Antunes (Plá): Músico de rua com mais de 30 discos gravados.

Nelson Rebello (Oilman): Ciclista e herói. Pedala todos os dias pela cidade com sunga e óleo.

Didonet Thomaz: Artista plástica que constrói poéticas visuais em casas de famílias curitibanas.

Edilson Viriato: Artista plástico moderno transgressor. Conhecido internacionalmente por performances polêmicas.

Joba Tridente: Multi-artista. Formou parte da equipe do Nicolau, revista cultural publicada entre 1987 e 1994.

Paulo Cezar dos Santos Rodrigues: Professor universitário, maratonista e presidente da A.C.O.R.B.A. (Associação dos Corredores de Rua de Curitiba).

Juliano Rodrigues (Suk): Puxador da Fanáticos, torcida organizada do Atlético Paranaense.

Murilo Mendonça: Jornalista e estudioso das periferias urbanas. Por conta própria, trocou a vida de classe média-alta para viver em uma favela.

Mila Behrendt: Contadora de histórias, autora de livros infantis e pesquisadora de contos de fadas.

Irmã Custódia: Freira que defende o Concilio do Vaticano II. Trocou o hábito pela maquiagem. Canta, dança e agita os cultos.

Valdir Novaki: Pipoqueiro empreendedor que constantemente inclui inovações de marketing para melhor atender sua freguesia em seu carrinho.

Ademir Vigilato Paixão: Chargista da Gazeta do Povo.

Key Imaguirre: Professor de arquitetura da UFPR e fundador da Gibiteca.

Ivo Rodrigues: Músico e compositor líder da banda Blindagem.


Entenda o que é o Curitibocas aqui.

Saiba onde comprar o livro aqui.

Vocês podem ser parte de Curitibocas

O processo de produção deste livro é uma questão de fases. A mais importante, ter as entrevistas feitas, já está quase terminado. A degravação está na fase final, faltam só umas cinco. O contato com as editoras já está encaminado. O próximo passo é editar as entrevistas e escrever a história fictícia que servirá como fio condutor para vocês, nossos queridos leitores.

Curitibócas - Diálogos urbanos vai ser narrado por um personagem que vai se encontrando com os entrevistados e ao mesmo tempo conhecendo diversos pontos bem característicos da cidade. Como temos pessoas de âmbitos diversos, a viagem dele por Curitiba vai ser bem interessante.

E aqui é onde vocês aparecem. Queremos sua participação na eleição do nome do personagem. Qualquer idéia é bem-vinda. As vias de comunicação com a dupla escritora são simples e rápidas: email, blog ou orkut. Sintam-se livres de mandar todo tipo de sugestão.

Fotos da alcova do vampiro

Dalton Trevisan, missão impossível


Curitiba tem um personagem que encarna vários mitos da cidade. O Dalton Trevisan é o escritor mais prestigioso de Curitiba, e por conseqüência, reconhecido no Brasil. Mas, contrario ao intelectual normal, seu Dalton não dá entrevistas nem tem contato algum com a mídia. Considerado o "vampiro" de Curitiba, sua atitude é criticada por muitas pessoas.

Só uma questão anedótica: o escritor foi um dos que qualificou aos curitibanos como "curitibocas". Tantos anos de silêncio podem constatar que não está muito longe das características típicas da gente daqui.

A gente quer ter uma entrevista com Dalton Trevisam. Mesmo ele ser fechado, mesmo que o mundo inteiro diz que é impossível, a gente está intentando. Hoje, pela terceira vez, fomos a sua casa. Não conseguimos falar com ele mas deixamos duas notas (escritas em um belo portunhol). Uma na casa e outra com um vendedor ambulante instalado na frente.

Na argentina tenho um livro bem útil e que uso em casos de desespero. Cada página do livro tem uma frase. Você faz uma pergunta, abre onde quiser e aí tem sua resposta. Gostaria de ter ele aqui e ler "La insistencia dará sus frutos". Aí talvez encontraria uma razão para acreditar que o vampiro curitibano vai aceitar nossa proposta.

Ah, se eu tivesse tempo...

Por isso aqui e isso (repare a parte que diz "Convenceram-nos a colocar no livro a maior referência em se tratando de livraria da cidade" que em termos práticos significa mais um entrevistado) ficarei isolado do mundo por algum tempo. Quem tem chance, aproveite as palestras gratuitas da Expomoney Curitiba.

E daqui a pouco tem a entrevista com Ivo Rodrigues.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Livraria só lucra bem onde há leitores

O encontro com o professor Hoerner abriu o apetite da Ceci. Fomos até a lanchonete do DCE comprar os salgados mais baratos da PUCPR. Enquanto ela se saciava com um salgadinho de um real, dei uma espiada na livraria que se encontra ao lado, atrás de mesas de plástico. Na primeira estante (lugar onde um dia colocaremos o Curitibocas em todas as livrarias) estava exposto o Manual da Redação da Folha de S. Paulo. Com ele embaixo do braço fui conhecer o resto da livraria.

Quando Ceci chega, logo começamos a falar em espanhol, o que atrai a atenção dos três atendentes - em especial o de Julia, chilena que mora em Curitiba há 23 anos. Conversa vai, conversa vem, contamos do nosso livro (coisa que fazemos sempre que vislumbramos um bípede que estabelece contato comunicativo conosco). Os três são apaixonados pelo que fazem. Convenceram-nos a colocar no livro a maior referência em se tratando de livraria da cidade.

Por incrível que pareça, a livraria vende pouco, apesar de não ter concorrência dentro dos mais de 10 quilômetros quadrados de excelência intelectual da instituição. Digo que não fico supreso, pois no curo se jornalismo são raros os que lêem jornais todo o dia. Lancei uma pergunta que ficou sem resposta: quem foi o último escritor puro a ter projeção nacional? Não vale bizarros saídas do circo da mídia (BBBs, ex-prostitutas, etc) ou mago canastrão. Os três tem somados mais de 50 anos de livros. Não souberam me responder. Citei Patrícia Mello, que responde a pergunta meio como um step.

Fui para aula. Minha mãe do céu, cada quarta-feira vem uma macaquice nova da professora de psicologia. Chamou cinco estudantes e fez uma sessão de hipnose coletiva. Criticou os sensacionalistas que fazem hipnose na televisão. Fez sensacionalismo acadêmico. Guilherme Blicharski, colega de sala, definiu bem: ela parece uma daquelas apresentadoras da Record. Segura a audiência, redunda, promete, grita, interage, gesticula, caminha de uma lado para o outro. Se ela não faz isso, capaz dos alunos reclamarem que ela é chata. Professor ou faz da aula um picadeiro ou é desempregado nas universidades particulares.

Então chega o grande momento dela explicar a prova da semana seguinte. Passa cinco capítulos de um livro de introdução à psicologia. Opa, apesar da queixa dos alunos, parece que haverá movimento na livraria de Julia e cia. A professora arrepende-se e pede quatro. Pede quatro e esclarece que o que ela não citou em aula, não vai cair.

Na próxima sessão de hipnose, vou me aproximar dos meus colegas em transe. Soprarei no ouvido deles "leia livros; compre-os na livraria que fica do lado das coxinhas".



ps: não deixe de acompanhar a entrevista do professor Key Imaguirre sobre o ensino parque de diversões.

Bate papo na tarde

Depois de ter mantido uma comunicação via email a semana passada com o professor Valério Hoerner Júnior, hoje as 17 horas fomos para o escritório dele. "Vamos bater um papo", diz enquanto chegamos. E batimos.

A conversa com Valério não foi muito longa mas transitou por vários temas. O professor estava um tanto preocupado com a abordagem que nos íamos fazer com Curitibocas, mas particularmente com o título. Acha que a implicância pejorativa que ele provoca pode gerar mais inimigos que amigos. Alertou também que devemos ter cuidado com os paradigmas que rodeiam os personagens e temas tratados.

Sendo curitibano de nascimento (é pertinente aclarar isso já que são poucos os curitibanos puros), defendeu a cidade e seus protagonistas. Uma curiosidade, foi amigo de Paulo Leminski nos tempos da escola. Se ele fosse parte do livro, seria o terceiro personagem que conheceu o poeta. Mas por enquanto, o Valério não formará parte da tão ansiada lista-Curitibocas.

Escrevam e depois a gente avalia

Duas editoras já deram sua resposta. A Criar Edições e a Juruá Editora dizerem que temos que apresentar o livro acabado para que eles decidam se vão editar ou não. Não é uma resposta completamente desalentadora, mas mesmo assim acrescenta um desafio. O tempo passa e o trabalho tem que ser feito em tempo record.

Temos uma lista interessante de editoras que fizeram livros de temática paranaense. São de menor relevância nacional, mas produzem livros e isso é o que importa. Amanhã a estratégia vai virar um pouco para esse lado.

Por enquanto, a gente continua com o objetivo bem claro. Às 11 horas teremos finalmente o encontro com o cantor e compositor Ivo Rodrigues. E aí acaba a fase de entrevistas. Pare aí, acho que ainda temos mais outro entrevistado.

Vai dar certo

Depois de uma manhã frustrada, voltamos ao ritmo curitibocano. Fui a Pedra da Gazeta e como havíamos combinado dois dias atras, levei a apresentação formal do projeto para o Anthony Leahy. Bem otimista, me diz que Curitibocas vai ser avaliado pela Juruá Editora e nessa semana vai nos dar uma resposta. Tomara que seja para marcar uma reunião.

Anthony novamente demostrou acreditar em nosso projeto. Quando eu perguntei se achava que a editora ia estar interessada, ele respondeu que tínhamos possibilidades. Concluiu dizendo: "E se não sair o livro, é porque não tinha que acontecer. Mas não é o seu caso. Essa proposta é boa e vai dar certo!"

Atividade paranormal


Hoje tínhamos uma reunião com a primeira editora. Chegamos lá às 10h15 - quinze minutos antes do que havíamos marcado, como é de praxe nosso. A responsável pela área de novas publicações, Vera, não estava. Segundo Denis, a recepcionista, ela marcou uma consulta médica e chegaria em instantes.

Aguardamos até às 11h15, quando fomos informados que ela ainda estava em sua consulta e a reunião conosco estava marcada para segunda-feira.

Você sentiu um tom meio pessimista no último post? Eram meus poderes paranormais avisando que algo não estava bem. Enfim, que venha a segunda-feira e outras editoras.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Duas pausas por semana


Em dois dias da semana eu largo tudo e vou para frente da TV. Azar, a minha parte do livro pode esperar. Na segunda é por causa do Roda Viva, às 22h30 na Cultura. Terça pelo Observatório da Imprensa na TVE no mesmo horário.

O Roda normalmente coloca um entrevistado rodeado de entrevistadores dispostos a derrubá-lo moralmente. O Observatório às vezes faz o mesmo. No de hoje, o apresentador Alberto Dines foi discutir as novelas. Dines é claramente contrário à quantidade de telenovelas na programação brasileira. Todos os outros participantes eram favoráveis. O professor Mauro Alencar às vezes passava o limite do ufanismo e caía no ridículo com suas teses de que a novela é o modelo mais informativo para a televisão.

Sinto-me como Dines ou algum entrevistado do Roda Viva. Diferencial essencial é que tenho a Cecilia do lado ajudando na batalha. Parece que toda a realidade está contra.

Alguns podem me chamar de obcecado. Quem sabe eu deva dar mais de duas pausas por semana no projeto. Pescar, quem sabe.

Já temos ponto de venda

Quando eu lembro de ontem não faço mais que sorrir. Como o livro ocupa um 80% de meu cérebro, imaginaram qual é o motivo da minha felicidade.

Perto do meio dia passei pela livraria Pedra da Gazeta, localizada no segundo andar do Shopping Itália. Este espaço promove a cultura paranaense, com estantes e mesas cheias de livros sobre a cultura e história paranaense. O dono não estava, mas olhando os livros, consegui pegar os endereços de pelo menos 10 editoras curitibanas. Eu já tinha feito uma pesquisa pela Internet, sem encontrar muitas das que apareceram ali.

A funcionária, Débora, falou que o dono trabalha na Juruá Editora e que poderíamos falar com ele das 18 às 20 horas. Também me anticipou que vendiam livros de autores independentes, mas que era melhor converçar com o Anthony. Saí do Shopping com dor nas bochechas de tanto sorrir.

Depois da entrevista com Paixão saímos pedalando até a livraria, com receio de encontrar-la fechada. Mas, a sorte esteve do nosso lado. O dono, Anthony Leahy, ainda estava atendendo. Não passaram 10 segundos que já estavamos contando para ele do projeto.

O bate papo durou uma meia hora. O Anthony aclarou que seja com editoras ou não, enquanto o livro esteja publicado, terá o prazer de vende-lo na Pedra da Gazeta. Isso é alentador porque um dos grandes desafios de Curitibocas é entrar nas livrarias. Bom, o seguinte ponto foi um pouco mais complicado.

Ele explicou o contexto das editoras e o que deveríamos fazer para ter uma chance na Juruá Editora. Amanhã vamos entregar uma apresentação escrita e o video que fizemos para que Anthony passe aos quem avaliam as propostas de publicação. Ele acreditou em Curitibocas, tomara que consiga passar a nossa paixão ao resto da editora.

Ontem foi um dia positivo. Já temos muitas expectativas e mais vontade de trabalhar. É incrível como o projeto vai se renovando e melhorando dia a dia.

Ivo Rodrigues fica para quinta


Esqueçam o que foi anunciado anteriormente. Ivo Rodrigues tem uma gravação hoje e não dará a entrevista. O encontro foi remarcado para quinta-feira pela manhã.

Depois dele sairá a lista oficial de entrevistados do Curitibocas.

Paixão, minha paixão


Entrevistamos há seis horas o sr. Ademir Vigilato Paixão, mais conhecido somente pelo sobrenome. O tradicional chargista da Gazeta do Povo recebeu-nos na sala de reuniões do jornal. Com naturalidade, falou do começo na Gazeta, seus tempos de caricaturista da Feira do Largo e seu hobby, motos.

Tínhamos marcados a entrevista para às 17h. Como de praxe, chegamos mais cedo - Ceci não "chegou" necessariamente, já que trabalha na Gazeta. Paixão se atrasou. Ficamos uns 20 minutos plantados na escada que dá acesso ao departamendo de imagem do diário. Alguns funcionários não escondiam sua estranheza ao passar por dois estranhos plantados nas escadas falando em espanhol.

Cada vez que entro naquela redação, fico com mais vontade de trabalhar lá. Aproveitei, saudei alguns conhecidos que tenho. Segurei a vontade de pedir um estágio - coisa que faço toda vez que vejo alguém de lá.

Depois ouvir o Paixão contando de sua rotina e do prazer que tem em trabalhar em um jornal quase me fizeram voltar aos conhecidos e fazer o pedido que me auto-censurei.

Um dia minha hora virá. Por enqüanto, este curitiboca se preocupa com um livro.

Curitibocas no Documento Reservado

Saímos no Documento Reservado, semanário de política, economia e cultura de Curitiba. A nota diz o seguinte:

BLOG DE CURITIBOCAS
Por meio de entrevistas com personagens de Curitiba, os universitários João Varella e Cecília Arbolave, tratarão de resumir em um livro o universo curitibano. Para acompanhar o trabalho realizado pelos estudantes basta entrar na página: curitibocas.blogspot.com

Agradecimentos à Hemely Cardoso, a repórter mais querida de Curitiba.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Ler devia ser proibido

Tudo isto aqui se resume a ler.


Muito pertinente este vídeo do usuário lucianomidlej do You Tube.

Curitibocas Fotos e Fatos

O Curitibocas ganhou um espaço generoso no site Fotos & Fatos da minha grande companheira Priscila Farias. A matéria também serve para aqueles que estão ainda meio perdidos com toda essa história.

Segue a matéria:

Livro reunirá entrevistas com personagens curitibanos

Universitários contam com apoio dos internautas para a publicação

Curitiba carece de um livro que explique seu microcosmos. Essa constatação é uma das inspirações dos estudantes de comunicação social João Varella e Cecilia Arbolave para o livro Curitibocas – Diálogos Urbanos. Os dois entrevistaram 17 personalidades de Curitiba – desde conceituados artistas plásticos à curitibanos desconhecidos do grande público. O livro trará todas estas entrevistas inéditas, que juntas formam mais de 50 horas de gravações.

O nome do projeto é temporário, mas parece ter ganhado a aprovação dos futuros leitores. Os autores lançaram um blog, o http://curitibocas.blogspot.com, onde atualizam diariamente com notícias do andamento da publicação. O sítio foi criado em há menos de duas semanas e já conta com mais de mil acessos. Em breve serão colocados trechos do livro e áudios originais das entrevistas.

Outra fonte para conhecer as opiniões do público é a comunidade no Orkut Eu Apóio Curitibocas (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=30449335). Nela estão reunidos simpatizantes e divulgadores do projeto.

Os autores fazem segredo sobre a lista de entrevistados. Algumas pistas foram dadas no blog, que já fez menções ao líder do Blindagem, Ivo Rodrigues, o personagem urbano Oilman, o multi-artista Joba Tridente e o miniaturista Hélio Leites.

Apesar do projeto estar em estágio avançado, ainda não tem uma editora. O projeto será oferecido a partir desta semana para empresas que tenham publicações com o mesmo perfil do projeto.

Os autores
Os escritores não são curitibanos. Arbolave nem brasileira é. Ela vem da Argentina e está em Curitiba em intercâmbio. Já colaborou para a Revista Haciendo Cine, uma das maiores referências do gênero. Atualmente faz um estágio de observação no jornal Gazeta do Povo.

Varella é mais próximo de ser um “curitiboca”. Gaúcho, mora na cidade há cinco anos. Trabalhou em diversas assessorias de imprensas e veículos de comunicação da capital paranaense.

Juntos ganharam o conceituado prêmio argentino Proyectando Valores 2006 com um ensaio defendendo a qualidade da televisão. Em comum ambos tem o gosto pelas entrevistas longas e profundas. Eles prometem que os bate-papos serão apresentados de maneira suave e fluída.

Na foto: João Varella com Cecilia Arbolave , os idealizadores do Livro Curitibocas – Diálogos Urbanos


Também a primeira vez que colocamos uma foto nossa aqui.

O top 10 da Torcida Curitibocas

Na seguinte lista exibimos o ranking de cidades que visitaram o blog desde sua criação no 4 de abril, até o dia 15. Curitiba é o lider indiscutível, as razões são bastante claras. No segundo lugar, com tão só 21 visitas menos, temos a Brasilia. Na verdade ficamos realmente intrigados, mas igualmente felizes, por este alto posicionamento da capital brasileira. Em terceiro lugar se coloca Porto Alegre, com os grandes seguidores, conselheros e fãs deste projeto. E em quarto lugar, Olivos, uma cidade ou mais bem um bairro da querida Buenos Aires. É bom saber que à distância tem pessoas que acompanham o projeto.

Curitiba............................ 100
Brasilia.............................. 79
Porto Alegre..................... 60
Olivos................................ 44
Venancio Aires................... 19
Buenos Aires...................... 18
Canoas............................... 9
Sarasota............................. 8
Benfica............................... 6
J. León Suárez................. 5
São Caetano Do Sul.............. 5
Munro.................................... 5*

Os dados foram fornecidos por Google Analytics, um web-based software que nos dá relatórios constantes sobre a quantidade de visitas ao nosso blog. Altamente recomendável. Não conseguimos decifrar qual cidade é "Le√≥n Su√°rez". Aceitamos comentários com possíveis nomes para esse lugar.

*O décimo lugar foi dividido entre três cidades.

Link também ganha pontos

No Quiz Curitibocas eu me esqueci de contar outra forma valiosa de ajuda. Colocar links em outros blogs, ajuda o Curitibocas a ganhar page rank no Google e nas outras search engines, além de divulgar junto aos freqüentadores da página.

Alexandre Beskow reclamou deste fato, pois colocou um link em seu blog. Pode ficar com +2 pontos, Beskow.

Quem nós NÃO entrevistamos



Muitos dos que se informavam do projeto já disparavam algumas sugestões de entrevistados para o livro. Um dos nomes mais mencionadas foi o de Jaime Lerner.

Lerner é o grande urbanista da cidade, que refundou e transformou Curitiba no que é hoje em seu mandato como prefeito. Assim é a sua fama. Entrevistamos outro arquiteto, Key Imaguirre, que discorda totalmente do ponto de vista popular.

O motivo de havermos preterido o nome de Lerner é o seu envolvimento político. As entrevistas de Curitibocas tem um tom de descoberta. Nós evitamos pesquisar e esmiuçar a vida do personagem. Chegamos com o menor número de idéias pré-concebidas possível. Nessa condição, os políticos fariam do livro um palanque.

Por este mesmo critério, excluímos o nome do também ex-prefeito e "apaixonado" pela cidade Rafael Greca.

Houveram alguns que foram deixados de lado por outros critérios. A irreverente artista Kátia Horn seria uma excelente entrevistada, mas o livro já tem dois representantes do grupo artístico dela (Hélio Leites e Efigênia Rolim) e um aliado (Key Imaguirre). Acabamos optando por outro multi-artista, o Joba Tridente.

Os nomes de Valêncio Xavier, Taco X e Edson Bueno chegaram muito tarde aos nossos ouvidos. Não houve tempo hábil para marcar entrevistas. Houve um momento que tivemos que estancar.

Curitibocas não esgota Curitiba. Pelo contrário, amplia.

domingo, 15 de abril de 2007

A moral do projeto

Por que será que a gente está fazendo tanto esforço em fazer este livro? Acho que se alguém teria que nos descrever, uma característica que apareceria com certeza é a pouca vontade de ficar sem fazer nada. Bah, o ócio é uma habilidade? Sei lá, mas a verdade é essa. O Sr. Varella e a Srta. Arbolave tem uma necessidade constante de ultrapassar os limites e fazer o que apareça no caminho (e, se não aparecer, criar alguma coisa para ocupar o tempo).

Outro fator importante é o espiritu jornalístico presente em ambos. Fazer entrevistas é uma coisa que nos apaixona. Escrever é a outra. Foi realmente fácil, combinamos os dois ingredientes e apareceu um projeto de livro.

Mas ainda temos algo que nos motiva para publicar Curitibocas. O tempo pode passar, qualquer coisa pode acontecer, mas um livro sempre fica. É assim, ignora o passo do tempo, faz parte da história. Nossas palavras vão perdurar, e essa é uma sensação incrível.

Recomendo a todos que tenten o que nos estamos fazendo agora. Tenham certeza que entraremos a todas suas comunidades, blogs e qualquer outro meio de divulgação.

Quiz Curitibocas


Curitibocas é um projeto que conta com a colaboração dos seus futuros leitores. Ao entrar no blog blá blá blá blá blá

Acho que todo mundo já conhece a ladainha. Se não conhece, nosso arquivo de curitibocadas passadas encontra-se ao lado. É hora agora de testar o seu fanatismo pelo Curitibocas! E não vem com cara amarrada que todo mundo adora fazer estes testes. Momento Revista Capricho agora!

Regras: Serão feitas perguntas de resposta positiva ou negativa. Cada vez que você responder "sim" às perguntas abaixo, some ou diminua os pontos entre colchetes [ ].

Divulgação
Você comenta com amigos sobre o Curitibocas? [+2]
- Convenceu alguém a entrar na comunidade? [+2]
- Convenceu alguém a entrar no blog? [+2]
Você é um cara que vive numa bolha e não tem amigos? [-2]

Blog
Você freqüenta o blog diariamente? [+3]
- Comenta os posts? [+1]
- Clica nos links patrocinados do Google? [+2]
Só entra no blog para falar mal dele para o seu melhor miguxo? [-3... mas pode seguir acessando que o pageview conta igual]

Comunidade Orkut
- É membro do "Eu Apóio Curitibocas"? [+2]
- Escreve posts por lá? [+1]
Não tem Orkut? [-1...vc existe?]

MSN
- Coloca o endereço do blog no nick do MSN? [+2]
- Coloca o endereço da comunidade Eu apóio Curitibocas no nick do MSN? [+2]
- Coloca trecho de letra do Charlie Brown Jr. no nick do MSN? [-5]

Psicologia
-Ao ver o desenho abaixo, você finalmente entende porque o Curitibocas será um best-seller? [+1]
-Ao ver o desenho abaixo, você vê um monte de rabiscos que
alguns insistem em chamar de arte? [0]
-Ao ver o desenho abaixo, você entende por que era (ou é) rejeitado na escola?
[pare o teste e vá se tratar]


Resultados
-11 à 0 pontos: Que bocó.

1 a 4 pontos: Valeu, obrigado, volte sempre, a casa é sua.

5 a 10 pontos: Opa, que bom que você veio. Aceita um cafézinho?

11 a 15 pontos: Está juntando dinheiro para comprar o livro... mas fica calmo que sai lá no meio do ano (espero).

16 a 18 pontos: Isso aí! Go go presentear todos os parentes com o livro. Te amamos.

19 pontos: Nome garantido nos agradecimentos do livro. Pode se apresentar como um curitiboca tranqüilo.

20 pontos: Não vale. Você é um dos autores do Curitibocas.

21 pontos ou mais: você é um trapaceiro. O máximo de pontos do quiz é 20.

sábado, 14 de abril de 2007

Torcida Curitibocas


Quarta-feira que vem a gente começa a "fase editoras" do projeto. As 10.30 h temos a primeira reunião com a Bolsa Nacional do Livro. Estamos nos preparando para sair com uma resposta exitosa desse encontro.

O vídeo de apresentação vai ser uma das principais estratégias para mostrar que nosso trabalho é sério. Vamos levar os relatórios do blog (graças a Google Analytics, a gente pode ver quantas pessoas entram ao site, quantas pageviews, etc.) e por isso é tão importante a divulgação. Que mais? Bom, nossos currículos e provavelmente o ensaio que já escrevemos juntos em Argentina (e que ganhamos o primeiro prêmio).

Ontem, fizemos uma entrevista a Juliano Suk, vicepresidente da Torcida dos Fanáticos. Entre outras coisas, resgato uma parte da converça em que ele afirmou que na maioria das vezes o Atlético, time curitibano de futebol, ganhou graças a sua torcida. Eu achei isso muito acertado. O apoio sempre dá mais força a qualquer tipo de atividade ou projeto...

Hmmm... A que nos leva tudo isto? Todos os que queram formar parte da TC (Torcida Curitibocas) são bem-vindos! Já temos comunidade no Orkut: Eu apoio Curitibocas mas agora surgiu uma nova proposta.

Até quarta-feira deste semana, dia da reunião com a editora, começamos a campanha: "coloque-o-link-do-blog-no-seu-msn". Vai ser de muita ajuda para a divulgação do projeto. É só colocar ao lado do seu nick de msn, o nosso link (http://curitibocas.blogspot.com). Já há varias pessoas que fizeram isso de motus proprio. Vamos seguir seu exemplo. Quem coloque vai ter os devidos créditos neste blog!

Oilman furou


Frustração. O Oilman não virá há reunião que ele fez questão de marcar, como já haviamos dito. Segundo a mãe do personagem, ele viajou. Provavelmente se esqueceu.

Ou talvez tenha mudado de idéia e tenha aceitado o projeto. Enfim, estamos à disposição do Nelson para prestar os devidos esclarecimentos da proposta do livro. Por enquanto, segue tudo como era antes. A entrevista dele está feita (quatro horas de papo!) e temos a autorização dele por escrito.

Curitibocas - The Movie

Video feito com o Keynote. Tentamos exportar de todas as formas com a música tema. Não deu.
Tentamos exportar-lo em um formato mais amigável para a posterior conversão em flash do Google Video. Não deu.

Enfim, veja esse video e faça um esforço. Imagine que há mais frames e uma música bem legal.

Vamos mostrar nos nossos computadores para as editoras a versão boa, sem esse esforço imaginativo. Perde um pouco a graça, alguns podem vir a dizer.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Demorou até... Comunidade do Curitibocas no Orkut

Precisa dizer mais alguma coisa? Entre na comunidade do Curitibocas aqui. Se você é um dos oito brasileiros que ainda não tem Orkut, você poderá fazer uma conta neste link.

Manual para fazer um livro III

Acho que os leitores já perceberam que nós estamos apaixonados por este projeto. Quase parece que não temos outro interesse nas nossas vidas alem do livro. Bom, acho que não seria tão errado pensar isso. Acho que se alguém nos perguntasse qual é o nosso sonho de felicidade na terra, agora seria ter o Curitibocas publicado.

Estos manuais parecem meio arrogantes, como se nos tivessemos a fórmula para fazer um livro. Mas não é assim. É só uma maneira de compartilhar com os leitores a nossa experiência, e incentivar a quem queira começar um projeto assim com conselhos que podem ser utéis.

Mas tudo bem, passemos ao conselho do dia. Todo jornalista sabe se preparar para uma entrevista. São objetos básicos que não tem que se esquecer: caneta, caderno e gravador. Este último item, por razões obvias, é de suma importância. Dicas que já muitos teram escutado: leve pilhas, fitas extra, confere que está gravando bem, e a lista continua.

O nosso caso conta com uma vantagem. O gravador é digital. Isso significa que temos umas 20 horas aproximadamente de espaço livre para gravar, podemos baixar as entrevistas no computador (o que facilita muito a desgravação) e a qualidade do som é muito boa.

Caso precisaremos, tínhamos o gravador normal para sair da emergência. Mas isso só na pior das hipóteses. No dia 22 de março, a entrevista marcada foi com a contadora de histórias Mila Behrendt no Bairro Jardin das Américas. Fomos de bicicleta, pedalando por uns 6 ou 8 km, se não me engano.

O ambiente era bem particular, cheio de objetos, principalmente livros e pequenas coisas que ela usa para contar os contos as crianças. Lembro minha surpresa com um brinquedo de aranha na poltrona, fiquei assutada por uns segundos, parecia real.

Chegou o momento de procurar o gravador e caímos na conta que tínhamos nos esquecido! Rapidamente, optamos então por usar o aparelho de emergência. Começou a entrevista. Olhávamos o gravador com tanta desconfiança. Íamos conferindo se ele estava gravando, e estava, mas a qualidade estava longe de ser ótima.

Depois de umas quase 3 horas de diálogo, com declarações interessantes (como sua afirmação de ser uma bruxa, entre outras) saímos meio decepcionados. Não tínhamos certeza de quanto dessa entrevista tínhamos perdido.

Quando começamos (na verdade, é o João quem começou já que ele é quem faz o trabalho pesado) a desgravar, caímos na conta que não íamos poder usar quase nada dessa entrevista. Ficamos preocupados. O pior é que a Mila ficou encantada com nosso projeto, e realmente apoiava a idéia. Não podíamos excluir ela de Curitibocas.

A gente resolveu marcar um novo encontro, dizendo que ia ser um encontro muito mais curto, só para profundizar certos tópicos. Nesta vez só fui eu a fazer a entrevista. Alem de tudo, Mila me recebeu sem problema com chá e chocolate e ainda mais animada que a última vez.

As duas horas que durou a entrevista já estão guardadas no computador do João. Da experiência se aprende. Podem ter certeza que nunca mais esquecemos do gravador.


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dá um trabalhão? Dá.

Outro bom comentário que ficou restrito aos usuários do Multiply. Desta vez, o autor é Alexis Kauffmann que comentou sobre o post Interessante. E triste.:

Você já conferiu o equivalente brasileiro do PayPal - o BRPay? Não exige "custosa programação" (você pode usar a loja deles, exatamente como o PayPal); as pessoas podem comprar de você através de cartão de crédito, boleto bancário, depósito bancário à vista; você pode vender no exterior que o Banco do Brasil faz a conversão de divisas estrangeiras e deposita o valor em reais; você não precisa ser pessoa jurídica, basta usar sua conta bancária pessoal para se cadastrar; você só paga taxa ao BRPay se fizer alguma venda (não se esqueça de embutir essa taxa no preço)... É mais simples do que você pensa.

Dá um trabalhão? Dá. Especialmente na questão do gerenciamento do estoque e do atendimento aos pedidos, cálculo de frete, etc. Mas o próprio BRPay tem algumas ferramentas que ajudam nessas tarefas, e os sites da FEDEX e dos Correios permitem que você calcule exatamente o custo do frete para qualquer lugar do mundo. Questão de planejar suas publicações em formatos e pesos (gramatura do papel, tipo de capa, etc) que não tornem o frete mais caro do que o próprio livro.

Já respondi por lá, em resumo, que o objetivo não é EU comercializar o livro. Não tenho paciência, tempo e habilidade para isso. Mas fica a dica para quem tem interesse em ser dono de 100% de alguma publicação ou produto.

Agora que eu desisti do Multiply, os comentários mais analíticos vem de lá. Enfim, tome cross-post que vai publicar novamente o comentário lá.








Avatar usado por Alexis na rede Multiply.
Confira o site dele em http://alexiskauffmann.multiply.com

Botão novo

O perspicaz leitor já deve ter se dado conta que somos fãs do Google. Olhe na volta deste site.

Percebeu algo novo? Acima da barra de buscas tem um novo botão. Ao clicar nele, você adicionará automaticamente o Curitibocas para o seu Google Reader. Já falei dele em um post anterior.

Cada vez mais profissionais

No dia que João chegou a Curitiba - depois de passar uns 3 meses trabalhando nos Estados Unidos - a gente começou a planejar o projeto. Tendo em consideração que a data limite para a finalização do projeto é em julho, o ritmo do trabalho foi bem acelerado. Prova disso: do 14 até o 24 de março fizemos uma entrevista por dia. Verdadeiramente não paramos. Nas semanas seguintes, fomos concluindo as que faltavam e começamos a idear a estrategia de divulgação.

Com tudo indo tão rápido, tivemos que ir melhorando no caminho. Nos primeiros encontros, dávamos aos entrevistados os nossos contatos escritos a mão em folhas de caderno. Coisa de principiantes. Aí foi quando pensamos em nos renovar um pouco e melhorar a nossa apresentação. Resultado: fizemos cartões com nossos dados dum jeito mais profissional.

O blog foi o seguinte passo. Um video de apresentação do projeto estará proximamente disponível em YouTube. Talvez pareçam detalhes, mas com certeza fazem a diferencia. Curitibocas é uma coisa séria, e ainda tem muito à fazer.


Já temos com quem esbarrar


As entrevistas de Curitibocas serão conectadas por um personagem fictício que encontrará os personagens e encarnará o papel de entrevistador. Afoito, já escrevi o primeiro capítulo. Coloquei que o protagonista esbarra com o primeiro entrevistado em um bar.Problema: nenhum dos entrevistados freqüenta bares ou tem uma vida noturna ativa. Outro: precisamos de alguém de peso para começar.

Cecilia e eu fomos no Hermes Bar encontrar Ivo rodrigues, o vocalista e compositor da banda Blindagem. Sempre acompanhado de uma garrafa de cerveja, marcamos a entrevista para próxima terça-feira em um bar perto da praça Osório.

Resolvidos os dois problemas. Ivo é um profissinal da boemia e lenda roqueira daqui.

Aproveitamos e ficamos curtindo o som da banda. Cecilia ficou muito feliz quando a banda tocou Sui Generis, banda que revelou Charly Garcia para o mundo. Eu dividi minha atenção entre o jogo do Grêmio e o rock´n ´roll. O Grêmio perdeu. No final, só conseguia escutar uma marcha fúnebre na minha cabeça.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Manual para fazer um livro II

Pôr em prática uma idéia como esta precisa ter muito esforço inteletual, físico (as vezes, a gente termina não dormindo muito bem) e um tanto psicológico. Sim, a gente tem que se convencer dia a dia que o livro vai ser publicado e que tudo no final valeu a pena.

Agora bem, muitos projetos exigem um esforço financeiro forte. Até agora, não é o nosso caso. Por que?

1. O meio de transporte na maioria das entrevistas foi a bicicleta. Na verdade, nada mais econômico, ecológico e saudável que a querida bike. Custo zero.

2. Gravamos as 3 ou 4 horas de entrevista num gravador digital, o que significa que não temos que comprar fitas. Imaginem a quantidade que já teríamos comprado! No começo usávamos pilhas comuns. Agora optamos pelas recarregáveis. Novamente, costo zero.

3. Fazemos algumas impressões, mas isso não é problema nenhum: usamos a impressora da faculdade. O custo pelas folhas brancas e quase nulo.

Como já diz, o esforço é na real inteletual. Por enquanto, o aspeto financeiro está ajudando bastante. A gente pode afirmar que temos pronósticos bem positivos para Curitibocas. Que beleza.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Oilman decide participação no sábado

O Oilman se reunirá conosco no próximo sábado. No encontro será tratada a participação do personagem no livro Curitibocas.

O super-herói deu entrevista à Cecilia Arbolave e eu em 31 de março. Foram mais de quatro horas de conversa onde o entrevistado revelou suas motivações e dificuldades de manter o personagem Oilman nas ruas de Curitiba.

Após a entrevista, Oilman entrou em contato com os escritores para obter mais informações do livro. Oilman não deu muitos detalhes, mas a falta de editora parece ter sido um dos motivos para sua repentina mudança de idéia.

A reunião será no meu apartamento ao meio-dia. Tentaremos retomar a confiança do Oilman com uma explicação mais detalhada do projeto, exposição de slides e trechos de outras entrevistas.

Sunga e bicicleta
Oilman é criação do biólogo Nelson Rebelo. Ele é conhecido por pedalar nas ruas de Curitiba trajando apenas sunga, tenis e óleo. Em setembro o personagem completará dez anos.