sexta-feira, 13 de abril de 2007

Manual para fazer um livro III

Acho que os leitores já perceberam que nós estamos apaixonados por este projeto. Quase parece que não temos outro interesse nas nossas vidas alem do livro. Bom, acho que não seria tão errado pensar isso. Acho que se alguém nos perguntasse qual é o nosso sonho de felicidade na terra, agora seria ter o Curitibocas publicado.

Estos manuais parecem meio arrogantes, como se nos tivessemos a fórmula para fazer um livro. Mas não é assim. É só uma maneira de compartilhar com os leitores a nossa experiência, e incentivar a quem queira começar um projeto assim com conselhos que podem ser utéis.

Mas tudo bem, passemos ao conselho do dia. Todo jornalista sabe se preparar para uma entrevista. São objetos básicos que não tem que se esquecer: caneta, caderno e gravador. Este último item, por razões obvias, é de suma importância. Dicas que já muitos teram escutado: leve pilhas, fitas extra, confere que está gravando bem, e a lista continua.

O nosso caso conta com uma vantagem. O gravador é digital. Isso significa que temos umas 20 horas aproximadamente de espaço livre para gravar, podemos baixar as entrevistas no computador (o que facilita muito a desgravação) e a qualidade do som é muito boa.

Caso precisaremos, tínhamos o gravador normal para sair da emergência. Mas isso só na pior das hipóteses. No dia 22 de março, a entrevista marcada foi com a contadora de histórias Mila Behrendt no Bairro Jardin das Américas. Fomos de bicicleta, pedalando por uns 6 ou 8 km, se não me engano.

O ambiente era bem particular, cheio de objetos, principalmente livros e pequenas coisas que ela usa para contar os contos as crianças. Lembro minha surpresa com um brinquedo de aranha na poltrona, fiquei assutada por uns segundos, parecia real.

Chegou o momento de procurar o gravador e caímos na conta que tínhamos nos esquecido! Rapidamente, optamos então por usar o aparelho de emergência. Começou a entrevista. Olhávamos o gravador com tanta desconfiança. Íamos conferindo se ele estava gravando, e estava, mas a qualidade estava longe de ser ótima.

Depois de umas quase 3 horas de diálogo, com declarações interessantes (como sua afirmação de ser uma bruxa, entre outras) saímos meio decepcionados. Não tínhamos certeza de quanto dessa entrevista tínhamos perdido.

Quando começamos (na verdade, é o João quem começou já que ele é quem faz o trabalho pesado) a desgravar, caímos na conta que não íamos poder usar quase nada dessa entrevista. Ficamos preocupados. O pior é que a Mila ficou encantada com nosso projeto, e realmente apoiava a idéia. Não podíamos excluir ela de Curitibocas.

A gente resolveu marcar um novo encontro, dizendo que ia ser um encontro muito mais curto, só para profundizar certos tópicos. Nesta vez só fui eu a fazer a entrevista. Alem de tudo, Mila me recebeu sem problema com chá e chocolate e ainda mais animada que a última vez.

As duas horas que durou a entrevista já estão guardadas no computador do João. Da experiência se aprende. Podem ter certeza que nunca mais esquecemos do gravador.


2 comentários:

Anônimo disse...

Ceciii, bom, vou escrever em português porque pelo que vi o site inteiro ta em portugues!
Quando voce me mando o site pela primeira vez eu nem entrei, tava estudando e até não achei que fosse me interessar muito nisso, mas dai você mandou o email do CISV e decidi entrar... e realmente parabéns por tudo o que voces tão fazendo. Com certeza deve ser o maior esforço, e ta ficando muito bom!

Aproveita o brasil por mim, porque estou louca por ir =/
Un beso grandeeeeee
Vero

Anônimo disse...

Olá tudo bem? Queria pedir a gentileza de tirar a imagem que está hospedada no meu blog, e hospedar ela no seu site.

Obrigado.