quarta-feira, 4 de abril de 2007

Se mofar, metade será exportada para a Argentina


Fazer um livro chegar as livrarias curitibanas é cansativo, pouco lucrativo e extremamente difícil. Acabo de conversar com uma especialista da área que fez essas afirmações. Marisa Barreto trabalha na Editora Coração Brasil. De vez em quando me contrata para revisar o português de algum material.

Faz meio ano que reviso apostilas de cursos de medicina alternativa para ela. Nunca me pediu para revisar um livro.

Aproveitei este meu contato para falar do Curitibócas. "Mal negócio", foi o que ela me falou, em resumo. As duas últimas experiências com livros foram desestimulantes para a Coração.

Um foi um livro de auto-ajuda feito por uma ministrante de palestras. A idéia de Marisa era que a autora vendesse os livros em suas conferências. Nada feito devido a uma alegada timidez da autora.

A tentativa seguinte tinha tudo para dar certo. Produziu o livro do comentarista de futebol e medalhão Carneiro Neto. O autor foi em rádios, televisão, pagou coquetéis - onde dizem que o povo comprava o livro mais pela boca-livre do que pelo conteúdo propriamente dito. Resultado: Marisa tem estocados mil livros com contos engraçados do futebol. Marisa não achou graça nenhuma.

"Mas eu te ajudo no que for necessário", ofereceu a editora. Tomara que este projeto vá contra todas as expectativas da Coração e dê certo. Se não der, pelo menos metade vai viajar para a Argentina com a co-autora.

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