segunda-feira, 28 de maio de 2007

A hora e a vez das aspas diretas na frase


Como dito antes, li "Lennon Remembers", uma grande entrevista dada pelo cantor ao jornalista da Rolling Stone Jann S. Wenne. Nas citações que o entrevistado faz, não vão dois pontos. Wenne abre aspas e coloca uma maiúscula para delinear que Lennon faz uma citação ou frase em discurso direto. Importarei este artifício para o livro.

O que isso muda na sua vida? Primeiro uma lição básica de texto. Frases longas tendem a dar uma velocidade alta para os conceitos agrupados dentro dela, ou em outras palavras, o leitor traga a frase em um só gole. Frases curtas são diferentes. São mais fáceis. Fazem a leitura ir em outro ritmo. Mais lento. E mais claro. Eu estava usando dois pontos, o que trava a frase. Uma vírgula ou aspas diretamente se aproximam mais ao ritmo que os entrevistados dão ao fazer citação

A estrutura é mais usada do que parece. Ao contar um causo ou até quando relato o que pensou, são outras vozes. Não dá para tocar tudo junto.

Exemplo prático do que estou me referindo:
1) Eu fui no banco o cara me falou ei, você vai fechar sua conta?
Não usaremos
2) Eu fui no banco o cara me falou "Ei, você vai fechar sua conta?".
Maioria dos casos.
3) Eu fui no banco o cara me falou: "Ei, você vai fechar sua conta?".
Quando a frase for feita com precisão ou houver uma pausa na entrevista.

*****
Detalhista? Eu?

Nenhum comentário: