terça-feira, 8 de maio de 2007

Panacéia para a depressão: escrever


Solidão não tem remédio. Aí mudaram o nome de "solidão" para "depresão" e inventaram medicamentos para isso. Sempre que alguém me pede opiniões e soluções sobre o tema - btw, incrível como aumentaram os casos -, indico o exercício da escrita.

É uma panacéia para qualquer problema desta ordem. A escrita é o ato de solidificar os pensamentos. Idéias que não conseguem passar para o papel falham em algum ponto. Na escrita a mente é confrontada consigo e com elementos adjacentes. Um desafio.

Concordo que existem mil maneiras de se expressar. Pintura hoje é apontada como solução terapêutica para diversos casos. Acredito que a escrita tenha vantagens sobre a pintura. Um escritor quando trava pode dar uma volta no quarteirão, tomar um café ou até ler algo divertido. Se um pintor faz isso, a tinta seca.

Acredito que a isto se deva a crescente aparição de blogs de adolescentes que escancaram sua tristeza. Claro que tem uns que usam isto como show, mas aí já foge da minha alçada.
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Curitibocas não é dessas obras "puras". Tem um viés comercial inegável. Nós escrevemos por prazer, mas resolvemos transformar isso em um livro graças ao evidente apelo comercial - ou vai dizer que nenhum entrevistado da lista despertou sua curiosidade? Mas aí entra um terrorismo cultural que eu deixo para um próximo post.

Não estamos fazendo terapia com este livro. Para quem quiser insistir na analogia, em nosso livro Curitiba é quem está no divã.

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