terça-feira, 15 de maio de 2007

Amigo não existe

Trecho da entrevista exclusiva de Borboleta 13. Versão sujeita à alterações e revisões até a publicação do livro.


Tem amigos aqui na rua?
Tenho. Converso com um, converso com outro. Mas enquanto eu estou trabalhando evito conversar. O serviço tem que render. Eu tenho que procurar ganhar meus troquinhos e levar minha vida em dia. Meus médicos, eu tenho que fazer muitos exames. Às vezes eu perco dois ou três dias. Se eu quisesse estar trabalhando em empresa eu estava. Só que aqui eu tenho liberdade de vir o dia que eu quero.

Como é sua vida social fora da XV?
É difícil. Eu tive amigas que entraram na minha vida particular e não foi bom. Sempre fui isolada. O que existe são relações sinceras, amigo não existe. Foi um amigo que matou meu marido. Mataram de sacanagem, pensavam que ele era rico. A gente tinha dois terrenos na área da casa. Alugamos para ele, ele não queria pagar e foi lá em casa e matou o pai dos meus filhos. Isso foi em 88, três anos depois de comprar nossa casa. Era um cara que tomava café na minha xícara e comia no meu prato. Eu fiquei com filhos pequenos, de oito, nove e dez anos. Acabei de criar eles até dois anos atrás. Agora eu formei o caçula que tem 28.

Onde está esse “amigo”?
Está morto. Está onde merece.

2 comentários:

Anônimo disse...

É por isso que eu falo amigo de cu é rola.

Recursos humanos disse...

AMIGOS ISSO NÃO EXISTE AMIGO QUE É AMIGO NÃO PIORES HORAS VÃO ESTA ALI COM VC E NÃO TE VIRA AS COSTA