Começando o 5to capítulo
Quando começamos este projeto, me auto-enganei ao pensar que editar as entrevistas ia ser fácil e rápido. Nem é a primeira vez que me enfrento a uma tarefa como esta, mas agora eu tenho certeza que é bastante complicado do que tinha previsto.
Mesmo sendo difícil, o processo é interessante. Muitos nos perguntam como é que a gente faz para escrever um livro. Primeira e mais importante aclaração: não estamos escrevendo no mesmo computador, olhando a tela e pensando juntos. É uma idéia que nunca se cruzou pelas nossas cabeças. Cada um tem sua independência na escrita.
Segundo ponto: graças a outro trabalho que fizemos juntos (com o qual ganhamos o primeiro prêmio) cada um tem seu computador. Então dá para fazer várias coisas ao mesmo tempo e individualmente. Só se alguém está interessado, a dinâmica nestes momentos é a seguinte: eu pego uma entrevista, faço a primeira edição e passo para o João. Ele dá uma segunda revisada, muda várias coisas, e mexe com a história fictícia.
Por enquanto, o método funciona. Vamos já pelo 5to capítulo e está ficando muito interessante. Para finalizar, coloco um trecho em bruto da entrevista com Efigênia Ramos Rolin. Ainda não tinha passado pelo processo de edição. O personagem vai formar parte do 6to capítulo.
O que inspira a sua arte?
Eu acho que é um dom que veio de Deus. Eu acho que a arte, a poesia ta enclausurada no universo. Nem todo o mundo tem a graça, a essência... cada um tem seu pudor, cada um tem sua arte. A arte ta na clausura. Que adianta eu fazer isso aqui e não botar na rua. Se eu fechar, ela não exister. Arte é uma busca no universo. Toda hora tem, todo minuto tem algo para gente fazer. Tudo tem a hora certa. Assim como a criança tem uma hora certa para nascer. E eu não posso deixar passar. É um dom, sabedoria, força de vontade e luta. É uma guerra. Isso aqui é o sonho do meu sonho.
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