segunda-feira, 16 de julho de 2007

Hoy, tudo bem?


O sonho do Mercosul, do chavismo bolivariano e qualquer outra utopia de integração da América Latina tem como base o mínimo entendimento entre as partes.

Quer queira quer não, o Curitibocas é uma contribuição (por mais minúscula) para esse sonho. Uma argentina e um brasileiro trabalhando a quatro mãos sem cara de cucaracha, sem apelar para estereótipos baratos. Um livro que pode muito bem figurar entre qualquer outro, sem parecer nada muito surpreendente neste aspecto.

Acredito que assim que vamos chegar - em futuro longínquo e se chegarmos - a tal integração. Sem alarde, trabalhando juntos de maneira natural.

Hoje postei um vídeo sobre o tema. Engraçado em um primeiro momento. Triste se pararmos para pensar no que ele significa realmente. Os brasileiros de classe média - eles que tiveram condições de pagar a entrada para a abertura dos jogos Pan-Americanos - não sabem o B+A = BA do espanhol. É matéria curricular de primeiro grau. Como sonhar com uma américa unida depois desse vídeo?

Ruim? É pior. A audiência presente na abertura do Pan demonstrou ser uma massa imbecil. Orquestrada pelo diretor do comitê no início da festa, deram "boa noite" bem bonitinho três vezes para representar o Rio de Janeiro, Brasil e a América. Aplaudiu quem era para aplaudir, vaiou quem teve que vaiar.

No primeiro indício de uma saudação coloquial, por mais absurdo que parecesse o contexto de um orador se referir em uma solenidade para milhares de espectadores com um "oi", responderam. Nem se colocaram a pensar "puxa, será que o "oi" ´deles´ é igual ao português? Será que ele está realmente saudando a platéia já que o comprimento é utilizado no meio do discurso?". São mais fáceis de adestrar que o cachorro de Pavlov.

E nós aqui tentando publicar um livro. Vai ser brabo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que post ridículo. O povão mal sabe falar português, vai querer agora que saibam o bêabá do espanhol...

Aliás, nesta terra em que vivemos nem jornalista sabe escrever direito... A propósito, "trabalhando A quatro mãos" não tem crase, caro acadêmido de comunicação.

E ainda vai quer que nossa "crasse média" seja bilíngüe só porque tem dinheiro para comprar um maldito ingresso ou um caro mil zero quilômetro a duras penas...

Realmente, este livro "vai ser brabo" mesmo.

João Varella disse...

Esse argumento jurássico de obrigar falar português correto para só depois aprender outra língua estourou o prazo de validade. Pelo teu pensamento vamos pagar vários king Kongs em rede mundial ainda. Que pena. Partindo deste pressuposto deveríamos deixar de uma vez por todos a tal da integração da América Latina.

Os erros de crase já foram amplamente discutidos e admitidos neste blog.

Agradeço a correção.

Anônimo disse...

Ninguém precisa obrigar ninguém a falar corretamente, meu chapa. Cada um fala como quer, como pode, como aprendeu, com suas influências regionais e o escambau. Mas, além do povão não saber falar direito nem a própria língua - e isto é um fato -, os brasileiros estão "cagando e andando" para essa tal integração latino-americana e para a língua espanhola.