Não nega o diálogo, mas da mídia ela não gosta
Trecho da entrevista com a artista Didonet Thomaz. Versão sujeita a alterações e revisões até a publicação do livro.
Como lida com a crítica? Se um crítico vai e fala mal do meu trabalho, e daí? É ponto de vista dele. Eu tenho que tocar.
Nunca teve o afã de querer ser conhecida? Não. Isso é um critério de valor. Tem gente que é alucinado por isso. Quer fazer escola de qualquer jeito. Não estou procurando isso, não. Conheço pessoas que tem uma pasta para mim. O Key Imaguirre tem uma pasta para mim na biblioteca dele. Eu quase cai para trás. Fui publicando, entrando em contato. Sou muito comunicativa, mas não sou muito da mídia. Não que eu seja tímida, eu não gosto de exibicionismo. As entrevistas para a mídia são uma conseqüência. O que tiver que ser vai ser. Eu não nego orientação. Estou começando a orientar agora. Não nego diálogo. Tenho também o meu critério.
Como se relaciona com a mídia? No caso do jornal, foi uma vertente muito interessante. Uma abertura que a Gazeta me deu por intermédio do José Carlos Fernandes, da Mariângela Guimarães e do Paulo Camargo, que na verdade se transformaram em amigos. Imagina, eu não sou jornalista e faço uma página de jornal. Lá dentro, na redação junto com eles. Trabalhando com os programadores visuais. Tudo isso é um lastro de confiança, de cumplicidade. Meu diálogo com a sociedade era lançado na imprensa. Foram umas 13 páginas mais ou menos. O que a sociedade me dá, eu respondo dessa forma.
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