Paixão pelo futebol curitibano
Trecho da entrevista com Juliano (Suk) Rodrigues, puxador da Fanáticos, torcida organizada do Atlético Paranaense. Versão sujeita à alterações e revisões até a publicação do livro.
Por vestir a camiseta dos Fanáticos, tem pessoas que enquadram imediatamente como um delinqüente? De vez em quando você é discriminado por isso. Por pessoas que não conhecem o que tão falando.
Você sente preconceito? Não. Pessoas que me conhecem, que são minhas amigas, sabem quem eu sou. Então, não dou muito espaço a pessoas que não tem intimidade para falar alguma coisa. Quem falam alguma coisa são pessoas que não tem conhecimento da nossa própria nossa associação, do nosso trabalho. Eu falo pela Torcida dos Fanáticos, pela índole das pessoas que estão aqui e assim por diante.
Como se formou o estereótipo negativo do torcedor de torcida organizada? Eu acho que essa imagem está muito vinculada à sociedadeatual. A gente associa a própria torcida com alguns torcedores. Porque se você vai em qualquer lugar do Brasil hoje lugar, você encontra dificuldades de relacionamento, vai encontrar pessoas de boa e má índole. Se você vai num baile, vai numa festa, você vai encontrar pessoas de boa e má índole. O que varia é a maneira que a imprensa explora. As torcidas organizadas chamam muito a atenção e ela coloca sempre fatos negativos. Quem dá essa opinião que torcida organizada é violenta, é quem não entende do assunto e quem não freqüenta o dia-a-dia de uma, para ver como o trabalho é sério, com objetivo. Também não se pode se espelhar muito nas torcidas organizadas do foco Rio-São Paulo, onde lá realmente há grande quantidade de gente com más intenções. Digamos que lá tem pessoas que não tem boas intenções dentro de torcida organizada.
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