segunda-feira, 30 de julho de 2007

O fenômeno NAH!

Este blog é o rasto que vamos deixando enquanto fazemos o livro. Todas as etapas estão documentadas neste espaço virtual, basta só cliquear nos links aos textos na coluna direita para encontrar do primeiro ao último post.

Quem leu o blog "de pé a pá"* terá percebido que ao longo destes meses colocamos todo tipo de textos. Alguns 100% relacionados ao andamento do livro e outros um tanto distanciados, mas sempre mantendo uma referência a nossa experiência com Curitibocas.

O post de hoje está dedicado a uma publicação que fez sucesso em Argentina: a Revista NAH! O nome já pode dar um indício de que não se trata de uma coisa muito séria, mas a verdade que é um projeto que fez sucesso no meu pais. A moral da NAH é o sem-sentido, o absurdo e a piada que às vezes chega a ser meio grotesca.

NAH! começou em 2002 com a premissa de não respeitar os padrões. Um exemplo: publicavam uma nova edição só quando eles queriam (ou quando conseguiam a grana necessária para imprimir-la), não mensalmente como se acostuma fazer. Outro dato, a distribuição era feita de modo mais informal. Eu me lembro de conhecer a revista três anos atrás pelo um amigo do meu primo que as vendia pessoalmente. Nesse momento a NAH! custava só $1 (um peso), hoje custa $6,90. O público tem se queixado pelo aumento, e eles explicam tudo no seu site de Perguntas mais freqüentes. Vale a pena entrar.

Por que estou escrevendo sobre esta revista? Simples, porque é um caso de uma proposta inovadora que fez sucesso justamente pela sua originalidade. Não foi fácil chegar aonde chegaram, demorou e precisou de muito esforço... Hmmmm.. Tipo, Curitibocas? A comparação não é em termos de conteúdo mas no fato de trabalhar muito pelo um projeto próprio.

A última edição que comprei foi "VeraNAH", publicação em honro ao verão, e atualmente a possui João Varella. É prova que o humor, mesmo se é bastante portenho, pode divertir aos irmãos brasileiros. (Ele que conhece a revista pode dizer se tem alguma similar no Brasil, eu ainda não vi).

Hoje eu queria ter a edição que publicaram enquanto eu estava em Curitiba. Perguntei em mais de cinco bancas de revistas da zona mais movimentada do centro. Em todas estava esgotada. Aliás, em Buenos Aires tem duas bancas por quarteirão, quase como o fenômeno das farmácias em Curitiba. O fato que uma revista feita com suor esteja esgotada significa que o esforço está rendendo. Tomara que aconteça algo similar com Curitibocas.

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* expressão argentina. "De pé a pá" = tudo

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