domingo, 3 de junho de 2007

Primeiros pasos do Plá

Trecho da entrevista exclusiva do Plá. Versão sujeita à alterações e revisões até a publicação do livro.

Quando veio para Curitiba já compunha?

Já. Vim em 1976. Tinha 18 anos. Bem jovem. Estava numa fase de descoberta. Dava aula particular de violão. Aí decidi estudar para ter um conhecimento maior desse dom meu, desde criança já gostava.


Quando foram as tuas primeiras composições?

Eu era guri ainda. As primeiras coisas eu aprendi com o meu pai. Depois eu vim para Curitiba e comecei a me dedicar mais. Fiz faculdade de música por quatro anos. Só comecei a mostrar minha música para a população, na rua em 1984, depois que eu tinha concluído a faculdade de música na FAP [Faculdade de Artes do Paraná]. Até então eu vinha compondo e guardando. Mostrava para uma pessoa amiga, conhecida, mas eu não tinha muita convicção ainda do que eu estava criando, do que estava nascendo em mim. O próprio curso de licenciatura plena em música me ajudou no amadurecimento das idéias, me ajudou a ter um pouco mais de base para saber o que eu queria fazer. Depois decidi que queria vir na rua mostrar minha música.


Como Curitiba recebeu a sua arte na rua?

Era tudo muito difícil. Tive que enfrentar muitas guerras, brigas com fiscais e tudo o mais. Quando comecei a mostrar as primeiras coisas na rua, eu vinha com um gravador. Pus as pilhas, o K7 e vinha na Boca Maldita tocar para as pessoas. Bati um livrinho à máquina com as cifras das letras. Aí eu parava, colocava o gravador no chão e começava a cantar. Ia gravando aquela fita. O pessoal parava, eu dava o livrinho com as letras, e eu falava: “Óh, quando eu acabar de gravar essa fita, eu vou vender. O preço da fita vai ser tanto”. Antes mesmo de eu terminar de gravar, alguém levantava a mão para comprar a fita. Ficava uma fita superinteressante. Fiz várias. Foi a forma que eu achei de começar a me contatar com as pessoas. Daí nisso vinham os fiscais:

- Não pode.

- Como não pode? Eu estou divulgando a minha própria música. Não estou fazendo nada. É uma expressão livre.

Até convencer os caras foi difícil.

Um comentário:

Anônimo disse...

olá, gostaria de pedir a seguint informação. Pretendo fazer um trabalho na faculdade e preciso do Plá como parte integrante. Pode me passar referências de como encontrá-lo, como telefone ou endereço. Meu e mail é thomas.jornalismo@gmail.com emeu MSN: superthom21@hotmail.com