sábado, 16 de junho de 2007

Maleabilidade Digital


Quando vi as 200 e tantas páginas do livro impressas senti um receio tremendo. Ao ver o arquivo de Word que usamos para unificar todo o conteúdo, fiquei tranquilo.

Por mais que tenha lido 3416174629 vezes as entrevistas, passei os olhos pela encadernado que a Ceci preparou. Os erros pareciam saltar diante dos meus olhos. Pow, não posso deixar isso chegar nos leitores.

O impresso tem essa questão de ser rígido, imutável. Se chegamos a imprimir uma tirada com um erro, quem comprou o livro levou o erro para casa.

Agora, no caso dos textos digitais a coisa muda de figura. Errou? Seleciona, delete e reescreve. Exemplo disso foi a correção dos erros apontados por Didonet. Outro: retirei o itálico e coloquei a formatação "quote", que até então nem sabia que existia, nos trechos do livro.

No mundo digital, até as imagens são facilmente manipuláveis. Conseguir a mistura do quarteto fantástico com a turma do Harry Potter seria herculeano em um laboratório manual de fotografia.

Essa nova condição nos leva a novos dilemas. Um texto na Internet deve sofrer constantes edições? E uma imagem? Já temos a máscara do nickname, a palavra escrita também pode ser disfarçada?

Ate o livro começar a rodar, este futuro escritor estará abusando da maleabilidade dos processadores de texto.

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