quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Certa que é errada

Chutar cachorro morto é triste. Bom, vou encurtar a historinha da Editora Certa, iniciada no post anterior.

Então estávamos com um novo editor. O conheci brevemente, em um café acompanhado de sua ex-mulher. Se o livro fosse um carro, ele teria ido pela contra-mão de tudo o que a ex tinha dito. E vieram planos megalomaníacos de transfomar o Curitibocas em uma série e tal.

Mea culpa: eu estava bem empolgado. Pelo telefone, tudo parecia maravilhoso. "Vamos assinar um contrato"? Veremos. No Bar do Pudim.

A primeira reunião que marquei com o editor foi no meu boteco favorito. Cheguei lá no final da tarde, ele já estava com meia garrafa de cerveja na beça. "Espero que você não se importe, chamei uns amigos meus", disse ele ao apresentar um advogado e um filósofo que se juntaram a mesa de... negociações, digamos.

O resultado de uma reunião no Pudim só pode ser desastroso. Percebi uma estratégia dele: sempre que fazia uma pergunta firme, ele olhava para os lados, buscando algum ponto de distração para desviar o rumo da conversa ou amenizar o tom. Geralmente, a distração vinha de seus amigos.

Nos reunimos mais três vezes. Sempre em bares. Sempre com cerveja. Sempre com gente "amiga" na volta. Isso sem contar as vezes que ele desmarcou. E o contrato? Nada.

Aí me dizia para confiar na palavra, que sempre honrou etc, etc, etc. É um ponto fraco meu. Em prol da menor burocratização de trabalho, prefiro confiar. Adoro estar com gente assim, ponta firme, sem precisar cobrar. Levei três meses para entender que não era o caso do editor.

Uma vez alegou estar sem tempo. O cheiro de vagabundagem era forte. Corri atrás. O cara gastava toda a tarde escrevendo contos eróticos no Orkut, baixo um perfil falso, nesta comunidade. Detalhe: ele prometeu aos membros do grupo que reuniria os contos em um livro. Isso há quase um ano.

Nem vou gastar meu tempo listando as vezes que desmarcou em cima da hora, exigiu prazos, se omitiu, etc. Só para registro, o único livro que vi da Editora Certa tinha erros até no rodapé.

*****
"E para que lavar roupa suja assim, em público?", pergunta o jovial leitor. É para precaver futuros incautos como eu fui. Este post serve de farol de alerta para aquele autor que dará uma googlada antes de publicar com eles. Eis nosso testemunho.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá João
também fui engrupido por esta maldita editora, vc poderia me deixar teu fone/email para podermos conversar sobre o ocorrido?
Meu nome é Thiago e meu email é psicoeros@hotmail.com
por favor entre em contato.

Anônimo disse...

Perche non:)