segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Operação Buenos Aires

Ontem recebi uma caixa com 15 Curitibocas. Só tinha seis livros aqui e estava precisando de mais alguns pra começar à distribuição em livrarias portenhas. Aliás, a Boutique del Libro já aceitou a proposta de vendê-lo, mas pra isso, é necessário contar com exemplares. Daí que surgiu a idéia da Operação Buenos Aires.

Em janeiro, fiquei sabendo que minha tia ia viajar para São Paulo por dois dias. Alguns dias mais tarde, João comentou que também estaria nessa grande cidade na mesma semana. Fácil, pensei. João leva os livros, dá pra minha tia e ela traz pra mim. Só três passos e eu teria 15 exemplares na minha casa. Mas nada é fácil, todo mundo sabe disso. (Se meu post fosse um conto, este seria o climax)

Na quinta-feira pasada às 21h, no meio duma aula de narrativa, recebi uma ligação no meu celular.
- Hola, ¿Cecilia?
- Si. ¿Quién es?
- Soy Catriel.
- ¿Quién?
- No importa. Che, escuchá. João me dice por msn que lo llames o te conectes.

Neste momento, fiz a viagem mental de quanto tempo demoraria em chegar em casa. Para aqueles que estiveram em Buenos Aires, eu estava em San Telmo e moro em San Isidro. Impossível. Sair da aula às 22h, pegar o metrô, logo o trêm e finalmente um taxi, levaria pelo menos uma hora e meia.

- Catriel, decile a João que no puedo ahora. Estoy demasiado lejos de casa.
- Tá bien, le digo. Besos.

Voltei pra sala de aula muito nervosa. Devia ser algo importante para o João fazer alguém ligar pra mim. Uns minutos antes das dez fui falar com a secretária da Casa de Letras. Ela estava por desligar o computador mas consegui acessar meu email. O João não estava online. Aconteceu que no hotel em São Paulo não havia reserva com o nome da minha tia. Liguei pra ela, perguntei o que podia ter acontecido mas me deu os mesmos dados que passei a João. Nada pra fazer.

Cheguei na terminal de trem Retiro e fui num locutório. Gastei $0,89 pesos na tentativa de ligar pra João, mas não deu certo. Tive que esperar uns 50 minutos até chegar em casa, ligar pra o hotel dele e tentar resolver esta situação. Só consegui dar pra ele o nome de outra pessoa para tentar no hotel.

Não sei exatamente o que ele fez ou com quem falou. Mas no dia seguinte recebi um email que dizia: "Hice la entrega de los libros en el hotel. El error fue que registraran a tu tía como "Morna" [o nome dela é Norma]. Pero bien, todo resuelto."


Felizmente, ontem acabou a Operação Buenos Aires. Vamos ver como fazemos para próxima entrega. Pessoalmente seria mais divertido, mas duvido dessa opção.


>>> Convido ao João a contar sua versão desta história.

2 comentários:

Patrícia disse...

Aiiiiiiiiiii mas,e´muito desligado...esse João é uma comédia...registrar a Coitada da Tia como "MORNA' hahahahahahaha

Roxa disse...

Com essa história de desencontro, mas que prova o futuro internacional de Curitibocas, aproveito a oportunidade para dar parabéns pelo livro (que finalmente chegou às minhas mãos!!!). Foi com grande alegria que o recebi das mãos da mãe mais coruja que conheço (Patrícia, mãe do João!!)... Sei que não sou muito de escrever para vocês, mas a correria, às vezes nos faz dessas, mas estou muito feliz de ver o resultado do trabalho, além de ter meu nome entre os primeiros agradecimentos (precisava deixar isto registrado aqui!!)! E quando precisarem de alguma coisa, estou aberta a novos projetos, ok? Um grande abraço e muito sucesso ao CURITIBOCAS!!!