domingo, 24 de junho de 2007

Celular resolve problemas que não existem


Uma grata surpresa no ritual dominical de leitura da Gazeta do Povo. O repórter de economia Fernando Jasper escreveu sobre sua vida sem celular no texto A falta que ele não faz (para assinantes). Assim como ele, não uso celular.

Ponto-chave que Jasper tocou em seu artigo é quanto a pontualidade. É vero, quem não tem celular se obriga a ser pontual dada a dificuldade de desmarcar compromissos em cima da hora. Alguns dos nossos entrevistados pareciam surpresos em ver que realmente comparecemos ao encontro marcado com dias de antecedência, sem atraso e sem aquela "ligadinha para confirmar".

Minha resistência com relação ao celular primeiro vem da impressão de se tratar de um aparelho caro. Prova disso são os celulares gratuitos. Nenhuma empresa séria no mundo de hoje faz isso sem ter uma boa dose de lucro por trás. As ligações - que acredito ainda serem o principal uso do celular - devem compensar a "bondade".

Outro ponto é a complicação dos planos. Use 100 minutos por X para celulares da empresa tal, Y para da outra, X-Y=W se ligar para fixos locais, 2X.7K para fixos de cidades do interior, 3X para celulares de fora do estado... sério, é muita zona para um simples ato de ligar. Isso que nem mencionei quando o celular está em outro lugar. Muda tudo de novo. Segundo o que vejo no marketing das empresas, os planos mudam de semana em semana. De boa, o orelhão é bem simples.

E por último tenho muita desconfiança quanto a qualidade do serviço. Nas poucas oportunidades que tive celular, ele ficava fora da área de serviço quando mais precisava. Ou acabava o crédito. Quando nenhum desses, a ligação era de péssima qualidade. Invenção boa é aquela que tu tem um alto índice de confiança. Embora eu use windows... mas enfim, esse já é outro papo.

Encerro com a mesma preciosa última frase do texto de Fernando Jasper: "Porque o sem celular é, antes de tudo, um forte teimoso".

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